terça-feira, 24 de julho de 2007

Um peso, duas medidas...

Está lá no boletim da 6 Câmara de Coordenação e Revisão - Índios e Minorias. Ou seja, o que vale para os assentados não tem o mesmo valor para os negros. Ou seja, se não tem verba, não tem esse sistema de cotas fajuto que a UFPel, o Incra e a Fundação Simon Bolívar querem impor à UFPel. Ou seja, essa questão do sistema de cotas é, na prática, uma balela. Ou seja, considero que o Ministério Público Federal deve entrar em ação o quanto antes para que esse convênio seja reavaliado com todo o rigor possível. Uma vez gasto o dinheiro público, será difícil reavê-lo. Com a palavra, a militante do Movimento Negro Lebeci Lessa Coutinho, que afirma não ter conhecimento de qualquer reunião do Conselho Consultivo da UFPel para deliberar sobre o assunto.

Boletim de Notícias - Edição n° 124 / 2007 Brasília, 4 de julho de 2007

COTAS: UFPEL ainda não começou debates em torno da implantação afirmativa

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Brasília, 4/7/07 - Até o momento, as discussões em torno da implantação do sistema de cotas
na Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) no sul gaúcho ainda não começaram. Ao contrário
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que aprovou a implantação do sistema
de ação afirmativa em reunião do Conselho Universitário (Consuni) no último dia 29 de junho e
da próxima reunião do Consuni da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que levará a
pauta ao debate no dia 13 de julho próximo. A razão para o não início de debates mais efetivos
em Pelotas, aponta a militante do Movimento Negro, Lebeci Lessa Coutinho, se dá por duas
razões.
A primeira delas, explica Lebeci, se dá pelas dificuldades de articulação entre as organizações
militantes do Movimento Negro na cidade. Lebeci também indica que apesar de a UFPEL ter
assinado no dia 9 de março último um Termo de Cooperação Técnica para implusionar a
realização de ações em favor da produção cultural e capacitação de professores em torno da
história e da cultura afro-brasileira, apenas as propostas previstas no convênio estão em
andamento. "Como representante do Movimento Negro pelotense não tenho notícia alguma
que o conselho universitário da UFPEL tenha se reunido para discutir a inclusão desta política
inclusiva", ressaltou Lebeci, em entrevista ao Portal Palmares nesta terça-feira (3). Mesmo
assim, a dirigente espera que semelhantemente as ações já realizadas pela UFRGS e UFSM, a
comunidade acadêmica de Pelotas possa tomar a frente e chamar estudantes e entidades
negras a construírem um sistema para assegurar o ingresso de estudantes negros no ensino
público superior.


É de se admirar que a UFPel, tão preocupada com a questão social, ainda não tenha solucionado este problema. E a Fundação Simon Bolívar, então, por onde anda nessas horas? E os conselheiros, cadê? Referendar o que o mestre mandou é fácil. Difícil é questionar e rejeitar o chá com bolachas entorpecedor do raciocínio, embotador da consciência e comprador de almas.

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