sábado, 14 de julho de 2007

Cobre dos conselheiros da UFPel

Você sabe quem são os conselheiros da UFPel que vão decidir sobre a instalação da Faculdade de Veterinária para oriundos de assentamentos agrário? Sabe se eles frequentam a comunidade pelotense? Sabe se estes conselheiros têm participação ativa na vida da cidade? Que compromisso têm com a cidade e com os alunos? Pois bem: estes conselheiros deverão decidir algo importante, que é a assinatura de um convênio entre o Incra, a Fundação Simon Bolívar e a UFPel no valor de R$ 3,6 milhões saídos diretamente do bolso do cidadão. Temos denunciado à exaustão a inconveniência deste convênio, condenado pela Faculdade de Veterinária e, principalmente, pelo Ministério Público Federal. No entanto, o magnífico reitor Cesar Borges pretende, mais uma vez, inscrever a instituição que comanda nas páginas negras do Tribunal de Contas da União e no MPF. Será que os conselheiros da UFPel estão dispostos a entrar nessa fria? De acordo com o estatuto da UFPel, quem tem direito a voto é o Conselho Universitário, o Consun, composto pelo Reitor, Vice-Reitor, Pró-Reitores, Diretores de Unidades de Ensino, Representantes dos Corpos Docente, Discente e Técnico-Administrativo, Representantes do Conselho Diretor da Fundação, do Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão - COCEPE e da Comunidade. Ou seja: quem é contra esse sistema de cotas disfarçado a ser realizado numa ação entre amigos - cuja regularidade já foi questionada pela Justiça e outros dissabores já trouxe para a UFPel (não se sabe o motivo de tanta insistência em firmar contratos com a Fundação capitaneada por Lisarb Crespo) - deve enviar cartas, e-mails a estes conselheiros e promover manifestações contra esse absurdo que está para ser aplicado na UFPel. Os alunos da 11 faculdades cuja infra-estrutura deixa a desejar devem ser os primeiros a exigir que essas faculdades atendam ao menos o mínimo de condições. Antes de construir uma nova casa, é melhor ver o que a antiga precisa. Talvez se o magnífico reitor não passasse tanto tempo fora em viagens - que, em alguns casos, não serviram para nada (haja vista a viagem à Espanha, realizada exclusivamente para assinar um convênio, mas que no último momento teve um "imprevisto" que o impediu de estar presente) -0 e frequentasse mais os locais dos cursos, ele mudasse de idéia.
Se o magnífico reitor tivesse qualquer apreço para com o nome da UFPel, abandonaria de vez qualquer acordo com a Fundação Simon Bolívar e suas idéias malucas, como a construção de um shopping com dinheiro público, uma novidade planetária cuja construção precisa ser barrada pela Justiça de uma vez por todas (a Fundação, por ordem judicial, já não recebe mais verba da UFPEL, falta agora rever esse contrato e desfazê-lo, com a consequente punição exemplar aos responsáveis) Além do quê, a Universidade pública é para todos. Se assim não for, existe algo de muito errado.
O que me admira é que a imprensa local não se manifesta - mnem mesmo para se posicionar a favor - desse assunto. Será que alguém informou a RBS ou a Zero Hora sobre o tema? Faltam poucos dias para que os conselheiros tomem a decisão. Se não houver uma movimentação - sempre dentro da legalidade - a respeito, corre-se o risco de que o convênio seja assinado sem que os conselheiros sequer saiam do gabinete para ver onde será gasto a dinheirama.

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