quinta-feira, 8 de maio de 2008

A voz da cidade

Deu no Instantâneos do Diário Popular:

Instantâneos: Nepotismo
Não consigo entender nem aceitar, que pessoas trabalhadoras, cumpridoras do seu dever, competentes, capazes, responsáveis, honestas, não possam trabalhar no serviço público porque são “parentes”. Agora, até nas empresas privadas estão querendo “queimar”. Fala-se muito hoje, na inclusão, em cotas de vagas nas universidades para negros, enfim, em justiça social, mas tudo isso só vale se não for “parente”. Parente não é gente, parente é vagabundo, é malandro, é fantasma, não precisa comer, vestir... viver. Só falta mandar matar todos. Porque não fiscalizam? Porque não descobrem quem trabalha e quem é sanguessuga? A Constituição não diz que todos serão iguais perante a lei? Qual o pecado de ser parente? Que bom trabalhar com pessoas competentes e que se pode confiar! Não importa ser for “parente”.
Roberto Martinez Nunes
Professor

Plano Diretor e os arranha-céus
Apesar de muito me orgulhar do conjunto arquitetônico ímpar que possuímos, não consigo entender o que se vislumbra como uma verdadeira “caça às bruxas” que o novo Plano Diretor de Pelotas está tentando impor à construção de novos arranha-céus na cidade. Parece-me que a afirmativa de que “prédios altos já foram sinônimos de desenvolvimento” é, para dizer o mínimo, uma visão extrema e não sustentável, haja vista a construção de prédios cada vez mais altos no dito mundo desenvolvido, verdadeiros atestados da inventividade humana.Nosso sítio histórico – belíssimo – há muito perdeu sua identidade original, e hoje resta-nos contemplar os marcos evidentes da evolução através dos diferentes estilos que integram o passado e o presente rumo ao futuro. Mas por que cercear esse último? Acredito que a maioria da população da cidade queira, como eu, a preservação dos grandes monumentos arquitetônicos que evocam um passado pujante; mas acredito também que grande parte dos cidadãos gostaria de ver todas as correntes arquitetônicas representadas no desenvolvimento futuro da cidade, incluindo-se aí (e por que não?) a construção de grandes prédios, autênticos testemunhos da contínua evolução e engenhosidade do ser humano.
Pedro L. B. Fickel
Professor

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