O sr. Aníbal e a polícia (ou a falta dela!)
Publicado nos instantâneos do Diário Popular. Cadê os homens da lei?
Instantâneos: Solicitação à polícia
Prezados senhores!Sei que os senhores estão sempre muito ocupados, dada a marginalidade crescente das cidades. Mas desejava fazer uma solicitação. Já que em nossa cidade faltam tantas tampas de bueiro nas calçadas, roubadas por marginais; que muitos monumentos públicos foram despojados de peças de metal nobre, evidente que também por ação de possíveis drogados, gostaria muito de, como cidadão que paga seus impostos em dia, solicitar-lhes que façam uma ou várias “canoas” simultâneas em todos os ferros-velhos locais, a fim de investigar quem está comprando esses metais. Agora, os marginais passaram a quebrar os fechos de metal das portas e portões das residências, à noite. Acabaram de roubar dois, de minha casa, que já teve duas cadeiras de metal também roubadas; bem como de outro vizinho, na mesma quadra, outras duas. Conversando com amigos fiquei sabendo hoje que eles também são vítimas do mesmo mal. Senhores policiais, precisamos acabar com esta situação nova, que tende a crescer, a exemplo dos tampos de bueiros. Sou do tempo do soldado Birolho, o homem da lei, que mais sabia sobre ladrões em Pelotas. Um dia perguntei-lhe qual o segredo de sua habilidade, no qual ele me respondeu: “Uso vários informantes sempre.” Espero que possam tomar alguma providência.
Comerciário
Um comentário:
Lamento pelo senhor Aníbal e, também, por sua reclamação que não terá eco em lugar algum. Não é de hoje que os furtos deixaram de ser prioridade nas delegacias da cidade. Prova disso é que, no caso específico dos desmanches, sempre que se torna necessário uma ação mais incisiva cabe ao Departamento de Investigações Criminais (DEIC) de Porto Alegre realizá-la. A falta de pessoal e tempo é a desculpa corrente entre os delegados de Pelotas para não realizar ações do tipo. Em parte há razão nisso, pois a maior delegacia da cidade a Especializada em Roubos (DER) conta com 7 investigadores para atender a todos os casos de assaltos praticados na cidade de 340 mil habitantes e, uma média, de cinco assaltos por dia ou 150 por mês.
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