domingo, 4 de maio de 2008

A bolha de Fetter Júnior

Fetter Júnior é mesmo um artista. Para usar uma imagem utilizada no futebol, ele cobra o escanteio e corre para a área cabecear. Leia a entrevista. Analise as perguntas. Analise as respostas. Lembre-se que Fetter Júnior é acionista importante do Diário Popular. E que está em campanha à Prefeitura. A interpretação de tudo isso fica por conta do leitor, do cidadão pelotense.


Cidade: “Estamos num processo positivo, não é apenas uma bolha.”
Jarbas Tomaschewski
Diário Popular - Tivemos na última semana o anúncio da construção de mais um shopping center em Pelotas, como tantos outros que já foram anunciados. Por que a população deve acreditar que esse empreendimento será construído?
Fetter Júnior - Eu não tenho dúvidas de que Pelotas comporta um shopping center. Eu acredito que comporta mais do que um. De um lado porque o tamanho da cidade, com 350 mil habitantes, tem um mercado consumidor específico. Tem cidades com o número muito menor de habitantes que já têm um shopping center. Na volta de Porto Alegre, na Serra, são regiões muito mais ricas que a nossa, mas com uma população muito menor.Além disso, Pelotas é um pólo na região com mais de um milhão de habitantes, que têm o hábito de vir comprar aqui, vir ao médico, estudar. Pelotas, ao contrário de outras cidades até mais ricas, mas que não conseguem polarizar, é pólo para Canguçu, Piratini, Pinheiro Machado. Por causa disso a gente não pode considerar o mercado apenas desses 350 mil habitantes, mas o consumidor de toda uma região.Em segundo lugar eu entendo que nós vivemos um momento diferente de outras épocas. Estamos num círculo virtuoso, colaboram uma série de fatores. De um lado a prefeitura está fazendo a sua parte, com expressivos investimentos públicos, qualificando a cidade. Tem uma conjugação de fatores, de empresas daqui se expandindo e empresas de fora vindo (o prefeito cita a metalúrgica paulista Prada, a Casas Bahia e a Nutracel, que adquiriu a Irgovel), e do outro lado, além dos investimentos públicos e de um processo ativo de atração, temos grandes investimentos acontecendo na região, que vão dinamizar ainda mais, como é o caso da Votorantim, do Pólo Naval, de Candiota. É uma soma de fatores que nos dá a certeza de que já estamos num ciclo positivo. Não é uma coisa que se desmancha no ar, é um processo. Nós temos ainda um ano normal na agropecuária, na produção de arroz, bons preços. Então também a base tradicional da economia passa por um bom momento e isso injeta recursos. Tudo mostra que estamos num processo positivo, não é apenas uma bolha. E seguramente quem quer fazer um empreendimento tipo shopping center e olha esse mercado, olha a tendência e diz: “Se esse negócio tá acontecendo, se esta região vai superar as suas dificuldades históricas e começa um processo de desenvolvimento, é a hora de botar o dinheiro aí. O shopping viu o que tanta gente tá vendo e só os daqui não vêem. As transformações são de longo prazo. Eu disse isso no lançamento que nós temos um problema de baixa auto-estima e insucessos econômicos e uma frustração com o shopping tantas vezes anunciado. Eu acredito que vão fazer, há razões objetivas de mercado e de economia para que dê certo. As pessoas que estão envolvidas, as empresas que estão envolvidas são empresas que têm um histórico. Isso não depende de mim, é um investimento privado, mas as evidências são de que é sério e de que deve acontecer. Pelotas tem porte, precisa e já tem uma certa frustração pelo fato de várias vezes ter sido anunciado. Existem expectativas antigas, que eu acredito que estão maduras. Só não dá para querer fazer cinco ao mesmo tempo.
DP - E do shopping da Universidade Federal de Pelotas?
Fetter Júnior - Eu espero que aconteça. A Federal tem um bom projeto, aparentemente tem associados capazes de investir e no meu ponto de vista existe espaço e mercado para os dois. Espero que um não acabe desestimulando o outro. Não sei se terá espaço para muitos outros, acho que para os dois tem, e a nossa aposta é de que realmente os dois aconteçam.
DP - Pelotas está no meio de um bombardeio de anúncios de investimentos. Florestamento, Pólo Naval, instalação de uma fábrica de celulose. Isso faz com que se reflita sobre o perfil que a cidade deve assumir diante de mudanças econômicas regionais fortes e a curto prazo. Como o senhor analisa esse quadro?
Fetter Júnior - Quando a gente fez o Banco de Dados nós fizemos uma análise de que Pelotas representa 40% do comércio da região e no caso de serviços e de educação muito mais do que isso. No caso de serviços públicos é quase dois terços da região. Justiça Federal, Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Estadual, todos os serviços. Tudo isso faz as pessoas convergirem pra cá. Esses grandes investimentos, por exemplo o florestamento, não ocorrem em Pelotas. Do número de hectares plantados - 100 mil -200 serão plantados em Pelotas. Não é aqui, é na região principalmente, o que é uma coisa boa. Estão usando áreas que normalmente não são usadas pela agricultura. Não está se deslocando a produção agrícola, está se gerando um fim econômico para uma terra de difícil aproveitamento. Sem dúvida isso vai diversificar a economia da região, mesmo sem os investimentos no plantio e no futuro a fábrica não venha acontecer aqui. Eu ainda tenho esperança que a fábrica (da Votorantim) possa ser em Pelotas. Nós estamos no páreo, mas é uma decisão empresarial. Se vai ficar em Arroio Grande, Pedro Osório, Rio Grande, Pelotas, naquelas cidades do triângulo, não é uma escolha que eu possa fazer. Eu sei que Pelotas poderá receber a fábrica. Mas mesmo na hipótese de que Pelotas não venha sediar a fábrica, vai ser o pólo comercial. As pessoas vão residir aqui, as famílias vão estudar aqui, vão fazer compras aqui e, de uma forma ou de outra, isso vai nos beneficiar. Como o Pólo Naval, mesmo ocorrendo em Rio Grande, tem muita gente morando nos hotéis de Pelotas, alugando casas, vindo jantar, vindo fazer compras no fim de semana. Candiota é a mesma coisa. Mesmo que estes investimentos não sejam especificamente aqui, acabarão se refletindo na saúde, na educação, no comércio, nos restaurantes, nos hotéis. Eu não tenho dúvidas que esse desenvolvimento regional se refletirá em todos os ramos daqui.
DP - Em pouco tempo um novo prefeito vai assumir Pelotas e a situação financeira da prefeitura costuma ser a principal reclamação nos primeiros meses de governo. Em 1º de janeiro de 2009 qual vai ser a realidade do caixa do município?
Fetter Júnior - Pelotas tem um orçamento pequeno para a sua população e as suas necessidades. Grande parte da nossa receita não está no nosso controle. Se esse ano o Estado crescer a nossa percentagem segue um valor maior. Se o País crescer a nossa percentagem segue um valor maior. Isso não está nem no meu controle nem depende de Pelotas especificamente, depende de fatores estaduais e nacionais. A gente faz sempre uma relação que pega o orçamento da prefeitura e divide pelo número de habitantes. Nos últimos anos isso dá mais ou menos R$ 600,00 para cada habitante por ano. É o que o prefeito de Pelotas tem para gastar, para prestar tudo que é serviço. Rio Grande, aqui do lado, tem R$ 1,2 mil, Santa Vitória R$ 1,2 mil. Em Caxias esse número é R$ 1,5 mil, em Porto Alegre o prefeito tem mais de R$ 2 mil para gastar com cada habitante. Eu tenho que administrar R$ 600,00. Isso é mais difícil ainda porque nesse valor está tudo. Tá o pagamento do salário e aí já foi a metade do dinheiro. Só sobrou R$ 300,00 então para pagar o professor, o médico, os agentes de trânsito, o advogado, o engenheiro, o farmacêutico. O que sobra para investimento, para pagar dívida, é 10%. Vão direto para pagar dívidas dos outros governos. O que sobra para investir, de fato, é de 3% a 4%. Nos últimos dois anos deu R$ 8 milhões, mas teve ano que deu R$ 6, teve ano que deu R$ 12 milhões. O normal é R$ 8 milhões. Tu mal consegue resolver os casos mais urgentes, tapar buraco, trocar alguma lâmpada, aumentar uma escola. É muito pouco e isso é uma realidade. Nós só vamos recuperar isso aí quando a cidade tiver reflexos desse circuito virtuoso, aumentar o seu pique, a sua economia, o orçamento da prefeitura depende desse dinamismo.Administrar Pelotas foi sempre muito difícil, porque se tu errar tu não tem um centavo para investir. Qualquer prefeito que administrar Pelotas sempre vai ter o caixa escasso e isso vai se resolver a médio e longo prazo. O que nós fizemos? Uma tarefa que não é popular, que é colocar a casa em ordem. Significa pagar as dívidas em dia, pagar os aluguéis atrasados - nós devíamos aluguel para todo mundo. Os “caras” estavam retomando os prédios, nós não tínhamos negativa do Governo Federal nem do Governo do Estado. A prefeitura estava no SPC (Estado - Cadin e União - SAF). Quem tá no SAF e no Cadin não recebe nem dinheiro a fundo perdido, nem dinheiro de presente. Nós zeramos isto aqui, renegociamos dívidas, pagamos dívidas, aprovamos as contas no Tribunal de Contas, conseguimos cumprir a lei de responsabilidade fiscal - que tem percentuais muito rígidos - começamos a pagar os precatórios, que não eram pagos desde 1997. A prefeitura estava ameaçada de uma intervenção do município. Fizemos um acordo com o Tribunal Regional do Trabalho e todos os meses depositamos R$ 200 mil. Se não faz isso primeiro não cumpre a lei, segundo está num estado de intervenção e terceiro não consegue captar recursos. Foi um enorme esforço. Usamos medidas que não são populares, mas se você não faz isso não se habilita a conseguir dinheiro. Estamos zerados nas contas do Estado, na União, no Tribunal de Contas, no Tribunal do Trabalho. Nos habilitou a receber dinheiro com o financiamento. Mas para receber dinheiro você tem que ter uma segunda coisa, tem que ter projeto, porque ninguém te dá dinheiro para fazer uma casa se não tem uma planta, ninguém te dá dinheiro para fazer uma estação de esgoto se não tiver projeto da estação de esgoto, ninguém te dá dinheiro para uma estação de lixo se não tiver projeto de uma estação de lixo, ninguém te dá dinheiro para pavimentar se não tiver projeto para pavimentação. Enquanto a gente colocava a casa em ordem e pagávamos as contas em dia, fizemos o trabalho de elaborar projetos. Quem assumir a prefeitura de Pelotas vai administrar um caixa do dia-a-dia muito apertado e vai contar com grande volume de recursos para continuar os investimentos que estamos iniciando. O Banco Mundial é um projeto para cinco anos, este é o primeiro. Portanto, as obras não se esgotaram esse ano. O PAC uma parte será feita esse ano, mas não ficará todo pronto. O futuro prefeito vai encontrar as contas em dia, a prefeitura fora do SPC, uma margem muito pequenininha, ou seja, ele terá que economizar num palito de fósforo, no cafezinho, na gasolina e tudo mais para poder continuar no verde e, portanto, continuar recebendo dinheiro de fora. Nós não temos gordura. Se o País crescer bastante, se o Estado crescer, se a própria economia local crescer, como está crescendo, nós acreditamos que isso tudo vai contribuir para que nós próximos anos o orçamento da prefeitura seja maior. Quem estiver na prefeitura vai ter menos aperto do que eu tive. Posso dizer que nesses dois anos que eu estou aqui - assumi em 2 de março de 2006 - foi muito difícil de fazer o trabalho que ninguém valoriza, que era pagar conta, fazer projeto. As pessoas não vêem isso. Elas acham que tu não tá fazendo. Mas agora é a hora que essa árvore começa a dar vários frutos.
DP - O senhor tem um prazo para lançar as licitações (1º de junho) e isso atinge diretamente as obras do projeto Pólo do Sul e o PAC. Quais serão as prioridades?
Fetter Júnior - As prioridades estão definidas. No caso do PAC, na habitação, que são R$ 23 milhões. É a fundo perdido, foi assinado em setembro do ano passado e as licitações já estão na rua. Faltam três ou quatro apenas relativas à área da Farroupilha. Isso vai ser feito antes de junho. No PAC Saneamento eu tenho que assinar o contrato até junho, depois eu posso fazer as licitações. O que eu não posso é assinar o contrato e assegurar os recursos. Então nós poderemos iniciar. É claro que quatro estações de esgotos não ficam prontas em dois dias, em dois meses. São obras que nós vamos assinar o contrato, licitar a obra, mas ela não ficará pronta até a eleição. Ela poderá continuar no período eleitoral, ela não pode se iniciar no período eleitoral. Nós também achamos que haverá tempo da mesma forma que a estação de tratamento de lixo, que é o terceiro PAC, de R$ 8 milhões. O projeto está pronto e nós só aguardamos a liberação do Governo. No de habitação já está tudo na rua. Algumas já em obras, como é o caso do Osório. Para a construção das habitações já foi publicada a licitação. É agora em maio que abre. Isso tá tudo fora do período eleitoral. Saneamento eu dependo da liberação do Governo Federal. Temos mais duas de pavimentação que estamos aguardando a liberação do Banco Mundial. Também está na rua a recuperação do parque Dom Antônio Zattera e da quadra da rua 7 de Setembro, a quadra histórica em frente ao Guarany, a casa Dois. Nós já encaminhamos ao Banco Mundial outras licitações que eles têm que liberar, por exemplo a de uma rede de 20 quilômetros de distribuição de água na colônia. Estamos mandando as licitações e na medida que eles autorizam a gente faz. Muitas vezes eles exigem que a gente faça correções, então isso leva de dois, três, quatro meses. Aí tu publica e tem de dar 45 dias de prazo para as empresa apresentarem, depois julga, tem o prazo de recursos, vai de novo para o Banco Mundial. É uma burocracia enorme que as pessoas não se dão conta.
DP - Se o seu nome for ratificado pelo partido para a disputa da prefeitura o senhor vai ter que se desdobrar, cuidar do município e se envolver na campanha sem um vice-prefeito para lhe dar um suporte. O senhor já imagina como vai administrar essa situação?
Fetter Júnior - É, vai ser uma situação que vai exigir muito. Administrar Pelotas exige quase todo o tempo da gente e eu tenho me dedicado basicamente três turnos, sete dias por semana, para poder fazer com que isso tudo aconteça. Se o dia-a-dia já é complicado, imagina com todas essas obras. Eu não tenho dúvida que vai ser bastante exigente. Eu acredito que a equipe está qualificada para fazer isso, está preparada e a partir de julho você não poderá iniciar coisas novas. Só continuar o que já está tratado. Eu pretendo trabalhar bastante na prefeitura e fazer campanha fora do horário de expediente.
DP - Parece que até agora está difícil para todos os pré-candidatos encontrar um vice. O senhor passa por essa dificuldade, o seu partido passa por essa dificuldade também? A negociação está difícil?
Fetter Júnior - Olha, eu faço muita comparação de que a política de uma certa forma é muito semelhante ao relacionamento entre duas pessoas. Quando você é solteiro e tá numa idade de procurar um parceiro, você vai num baile, numa festa, caminha na rua e olha para a pessoa e gosta do jeito. Não é uma coisa que você chega e diz: “Olha, você é o meu parceiro ideal, vamos casar amanhã”, tem um processo. Se num relacionamento entre apenas duas pessoas isso leva geralmente um bom tempo desde o namoro até o casamento, imagine entre grupos de pessoas que têm os seus compromissos que são os partidos. Não é uma tarefa simples fazer esse acordo e fechar essas coligações. Nós, como os outros, estamos conversando com muitos grupos, existem vários pretendentes interessados, seja da nossa parte, seja da parte deles, mas isso é como dançar tango: é um pra frente e dois pra trás, um pro lado e dois pro outro. Não é rápido e eu acho que as coisas estão caminhando com a velocidade possível dentro de um quadro onde você tem um multipartidarismo. As alianças são uma realidade. Quem quiser governar Pelotas terá que conseguir fazer alianças. Nós estamos vendo se as pessoas que estão namorando conosco realmente querem de fato, se têm chance de namoro ou não. É uma confusão, não é fácil.
DP - O financiamento do Banco Mundial vai estar nos dois lados da balança durante a campanha eleitoral. O senhor imagina as críticas que poderá receber?
Fetter Júnior - Críticas a gente sempre recebe ou não. A campanha política envolve muita paixão, a emoção muitas vezes mais até que a razão. O Banco Mundial é um projeto importantíssimo para qualificar a cidade e melhorar o serviço público, a qualidade de vida das pessoas. Se você puder andar em uma rua pavimentada, se você puder tratar um esgoto, melhorar as praças, melhorar o calçadão, fazer o centro administrativo, tudo isto é importantíssimo para a cidade. É um dinheiro que nós não temos para fazer, mas é um serviço que a população precisa.Quando assumimos havia apenas um desejo de conseguir o Banco Mundial, não havia um projeto pronto, havia uma carta de intenções: “Olha, queremos o Banco Mundial.” É que nem fazer uma analogia com um cidadão comum, quando ele quer pegar um financiamento. Ele vai lá no banco, bate na porta, chama o gerente e diz: “Eu quero fazer um financiamento.” E o gerente responde: “Com este formulário você junta os papéis, CPF, comprovante de renda, identidade, me traz um projeto, depois eu vou analisar se você não está no SPC, se você tem capacidade de receber este financiamento e pagá-lo.” Isto é o que nós fizemos, ou seja, o que nós herdamos foi uma idéia. Alguém foi no banco e pegou o formulário e o banco disse: “Junta isto, faz um processo assim e depois volta.” Este processo todo foi concluído por nós, inteiramente por nós, e foi entregue e aprovado na metade do ano passado, em junho de 2007, aprovado pelo Banco Mundial. Tivemos que fazer toda a tramitação através de Brasília porque eu não posso assinar um contrato direto com o Banco Mundial, só a União tem esta prerrogativa no Brasil. Eu tenho absoluta consciência que nós herdamos uma intenção, que não havia nenhuma garantia, não havia nenhum projeto definitivo, nem provisório. Havia um esboço de uma idéia, que foi integralmente desenvolvida e aprovada, tanto que cinco cidades fizeram isto ao mesmo tempo, Bagé e Santa Maria administradas pelo PT, Rio Grande pelo PMDB e Uruguaiana pelo PSDB, e nenhuma das outras conseguiu passar por tudo isto. Mesmo tendo mudado o Governo nós conseguimos elaborar o projeto, aprová-lo, assiná-lo, estar com obras na rua, enquanto os outros não conseguiram nem passar pela etapa do Governo Federal. Os outros não terão condições, lamentavelmente, de fazer nenhuma destas ações em 2008, se puderem será em 2009.

8 comentários:

Anônimo disse...

A entrevista servil parece que serviu. Ridícula. As perguntas do tipo "levanta que eu chuto". Uma vergonha. Ainda se pode fazer este tipo de coisa com uma campanha eleitoral praticamente deflagrada? Não é crime? Bom, se não for proibido pela Justiça é, no mínimo, imoral e vergonhoso. E, sim, claro, um desrespeito tremendo com o leitor.
Abraço.

Anônimo disse...

A rainha louca não deve estar gostando disso. Ter que engolir o primo fazendo campanha no "meu" jornal.
É...

Anônimo disse...

No dia 11 de abril, quando Fetter havia sido citado pelo ministro Márcio Fortes no escândalo do uso eleitoreiro do PAC e do DP não deu uma linha sequer escrevi a este blog: "Não falem assim...o Diário Oficial deve estar preparando uma entrevista exclusiva com o Fetter para a edição dominical. Entrevistas com 3 ou 4 páginas, umas 200 fotos e assinada pelo próprio "editor-chefe" e, claro, antes de ser publicada lida e reeditada pela assessoria do prefeito - que diga-se de passagem é feita por um ex(futuro)-editor-chefe do Diário Popular...Ah..mas o prefeito vai esquecer de comentar o assunto do escândalo...ou então vai faltar espaço para publicar diante de tanta coisa importante para falar..."
Demorou um pouco, mas aconteceu. Taí a tal entrevista, panfletária, tendenciosa, mal feita e inescrupulosa, assinada pelo sub-editor chefe em pessoa, cheia de "bolas picando" para a auto-promoção do senhor prefeito e sem sequer tocar no assunto Mário Fortes X PAC....lamentável! Mais uma vez o Diário Oficial cumpre seu papel fiel de defender os interesses da família Fetter e pisoteia nos interesses da comunidade que, aliás, paga mensalmente para receber em casa este panfleto de propaganda pessoal do prefeito. Pobre cidade!

Anônimo disse...

Como leitor me senti um imbecil no sentido mais amplo da palavra ao abrir a edição dominical e após algumas folheadas me deparar com duas páginas inteiras dedicadas ao senhor prefeito, acionista do jornal. Ainda se fosse uma entrevista decente questionando as dezenas de problemas que pipocam pela cidade, mas não! Um textinho ridículo, dedicado a promover a imagem do candidato Fetter Jr., perguntas infames, desinteressantes e mal formuladas, respondidas com a prolixidade característica do senhor prefeito da Cidade Maravilha. Ao chegar em casa na noite de domingo, encontrar minha rua alagada e às escuras (há duas semanas uma lâmpada queimou na frente da minha casa e ainda não foi trocada, mesmo eu tendo ligado uma dezena de vezes para o Departamento de Iluminação Pública), lembrei da tal entrevista e pensei: Bolha? Bolha é esta cidade em que vivemos, suja, escura, alagada, insegura e na qual o prefeito dono de jornal ainda ganha páginas e mais páginas de uma edição dominical para mentir que tudo vai bem e que ficará melhor ainda. é vergonhoso o que o Diário Popular tenta nos empurrar goela abaixo. Ao menos poderiam ter um pouco de vegonha na cara e colocar o famoso "A pedido" em cima das páginas, ao menos saberíamos a verdade, afinal de contas quem acredita que a entrevista tenha sido proposta pelos editores do DP? Se o foi...a coisa está bem pior do que parece e do que percebo.

Anônimo disse...

Em que mundo será que vive o prefeito Fetter Júnior? Não consegue convencer nem numa entrevista encomendada. E ainda por cima diz que coligação é tal qual um namorico de adolescente.

Anônimo disse...

Deus! O Fetter Pan é realmente muito engraçado. Disse que fazer aliança é como dançar tango: "é um pra frente e dois pra trás, um pro lado e dois pro outro. Não é rápido". A música escolhida é perfeita, pois o editor-chefe do DP (no final das contas, funcionário do prefeito) aprecia o gênero e até já se aventurou a cantar Besame Mucho num evento de jornalistas. Aliás, a tal janta foi paga pela prefeitura. Então tá tudo resolvido: no centenário jornal agora se toca e dança a música da campanha eleitoral.

Anônimo disse...

Mas não é de hoje que a música da prefeitura embala os passos do centenário jornal. Pelo que me lembro desde o dia da posse de Bernardo-Fetter a música tema do DP e da Prefeitura é a mesma: Love me tender...Eles se merecem!

Anônimo disse...

Estou me sentindo em SUCUPIRA! Viva Odorico Paraguassu!!!