quinta-feira, 29 de maio de 2008

O Brasil ao contrário

Não sou contra o shopping em Pelotas. Sou, sim, radicalmente contra a utilização do dinheiro público nesse empreendimento. "Outra anomalia apontada na relação contratual entre a FUFPEL e a Fundação Simon Bolívar é a aquisição, por esta última, de terreno destinado à construção de um shopping center. Para viabilizar a operação, a Fundação Simon Bolívar obteve empréstimo bancário, no valor de R$ 700 mil, cuja amortização, segundo informado nos autos, deverá ser feita com o resultado das aplicações financeiras dos recursos federais oriundos do Contrato 46/2005 (Projeto Unipampa). A administração do futuro shopping center ficaria a cargo de empresa privada, que pagaria à Fundação Simon Bolívar uma taxa de 8% sobre o faturamento líquido mensal do empreendimento, equivalentes a cerca de R$ 500 mil por mês. Todas essas informações sinalizam uma operação de financiamento indireto - e ilícito - de empreendimento privado, com recursos federais, eivada, ainda, de outros indícios de irregularidades, a exemplo da ausência de procedimentos licitatórios."

Não sou eu que afirmo isso. É o Tribunal de Contas da União, que, impotente - ou incompetente, sei lá -, não impede uma ação como esta. E, mesmo assim, a responsável por esse desvio assinalado pelo TCU, Lisarb Crespo, se transforma em "anfitriã da noite", e recebe convidados que preferiram ignorar os acórdãos do TCU e optaram em apostar que nada mudará. Certamente devem ter visto algum tipo de vantagem que o cidadão, que pagou pelo shopping, não consegue enxergar. A Fundação dirigida por Lisarb, que utilizou dinheiro público (ou seja, não saiu do bolso da entidade, mas sim da Ufpel, dirigida pelo magnífico reitor César Borges) para comprar uma área, terá rendimentos calculados pelo TCU em cerca de R$ 500 mil mensais, ou seja, R$ 6 milhões ao ano. Nada mal, não é mesmo. Dá para se aposentar muito bem. Vale a pena apostar na ineficácia da Justiça no país.
É, realmente, um Brasil ao contrário.


Economia: Conhecidas primeiras marcas do Porto Shopping
Maria da Graça Marques
Sócio diretor da V&S, Carlos Schellenberger confirmou ontem as primeiras redes que estarão no Porto Shopping a partir de abril de 2009, quando o empreendimento no antigo Frigorífico Anglo será inaugurado. Lojas Americanas é a primeira rede a anunciar que negocia área de 1,5 mil metros quadrados no piso térreo. Durante o lançamento comercial do Porto Shopping, Schellenberger informou que passa a funcionar no local do empreendimento uma sala de negócios, onde os interessados obtêm atendimento individual sobre a locação das lojas. Toda a comercialização deve estar concluída até o final deste ano.
Ao Diário Popular, o diretor da V&S anunciou que a empresa Arco Íris será responsável pela operação nas seis salas de cinema Arcoplex, de última geração, com telas de cem metros quadrados, sonorização dolby e cem lugares - a única operação do gênero em toda a Zona Sul.
A cadeia de brinquedos Ri Happy inaugurará no Porto Shopping a segunda loja no Estado - a primeira será em Porto Alegre, no Shopping Iguatemi. Também a Livraria Nobel confirmou sua vinda para o empreendimento, através do sistema de franquia, detalhou Schellenberger (veja mais). Duas cadeias de supermercados negociam, segundo o diretor da V&S, a instalação de uma loja de quatro mil metros quadrados, numa linha mais sofisticada, denominada de premium. Essa é uma das âncoras do projeto, que prevê duas lojas de departamentos, ainda disputadas por quatro empresas; o mesmo ocorre em relação a lojas de elétros, em que Lojas Colombo, Ponto Frio, Casas Bahia e Magazine Luíza disputam dois pontos de vendas.
Duas lojas âncoras regionais estão incluídas no mix do Porto Shopping, o que Schellenberger considera importante para o empreendimento. As negociações ainda estão em andamento, garante. Já está definida a presença do Magic Games, considerado o maior operador nacional de parque de diversão eletrônica, instalado nos shoppings Iguatemi e Praia de Belas em Porto Alegre. Além de ocupar duas áreas internas, o Magic Games pode trazer para Pelotas um parque de diversões de mil metros quadrados, para funcionar em frente ao Canal São Gonçalo.
A Unimed já confirmou interesse em ocupar a área de 1,3 mil metros quadrados do centro médico e quatro agências ou postos bancários estão em negociação com as principais instituições do País, devendo ocupar piso intermediário do Porto Shopping, com requisitos especiais de segurança. Para a Praça da Alimentação, o projeto prevê restaurantes no segundo piso, com vistas para o São Gonçalo, a cidade de Pelotas e a ponte para Rio Grande. Haverá espaço para redes de fast food (duas já fizeram reservas), mas também para restaurantes. Na antiga área de embarque e desembarque do antigo Frigorífico Anglo, junto ao São Gonçalo, funcionarão quatro restaurantes. O local é privilegiado, lembra o diretor da V&S, e será aproveitada a arquitetura do local. Metade dos restaurantes serão locais. Os cardápios deverão ser variados, incluindo frutos do mar e churrasco, exemplificou Schellenberger.
A V&S é responsável pelo planejamento e pela comercialização do Porto Shopping, que é um empreendimento da Fundação Simon Bolivar, com incorporação e construção da Arce e da Retromac. Para os interessados, no site www.portoshoppingpelotas.com.br, são oferecidas franquias em link próprio, informou Schellenberger. E ainda hoje, das 9h às 14h30min, o gerente de Expansão da Central de Franquias, Eduardo Pires, discutirá com interessados propostas das marcas Livraria Nobel, Zástras, Café Donuts, Centro Britânico e Camargo Mais Imobiliária. O local confirmado por Pires é Curi Palace Hotel, na rua General Neto.

Lançamento concorrido

Realizado no Parque do Sesi, o lançamento comercial do Porto Shopping foi prestigiado por convidados, que conheceram detalhes do projeto. Anfitriã da noite, a presidente da Fundação, Lisarb Crespo, deu as boas vindas, cabendo ao representante da Arce, engenheiro Júlio César Araújo Filho, convidar para a inauguração em abril de 2009. “Vamos mudar a cara de Pelotas”, disse, antes de o empreendimento receber elogios do prefeito Adolfo Fetter Júnior pela proposta preservacionista do local.
Diretor administrativo da Arce, Rodrigo Fernandes, explicou que a fase atual das obras ainda é de demolição. O projeto arquitetônico está em finalização e deve ser aprovado em definitivo nas próximos dias. Com a documentação aprovada nas esferas municipais, segundo Fernandes, o projeto ainda passará por adaptações sugeridas pelas empresas locatárias dos espaços, explicou.

3 comentários:

Teste 21 disse...

Irineu, nada haver com o post mas o Pedrinho dormiu denovo na câmara eu (é claro) gravei:
http://videosoriginais.blogspot.com
Como diz o Rubens Amador Filho: "-Não contavam com a minha astúcia!"

Anônimo disse...

Tchê, se o negócio vai ser bom pra cidade eu não sei... Mas que o DP deve estar ganhando uma comissão por venda de lojas ou franquias... a isso tá!!!! Os caras estão comercializando descaradamente em suas matérias!!!!!!Olha aí, quem vai querer, já tem 5 que compraram, restam poucas unidades, olha aí, olha aí!!!

Anônimo disse...

Hummm... o DP ganhar em cima de alguma coisa?! O que é isso, por favor. Olha o respeito! Os acionistas, sim. O jornal não dá lucro há muito tempo, mas... aquelas ações tem que servir para alguma coisa já que nem para eleger prefeito e deputado(a) servem mais!!!