quinta-feira, 29 de maio de 2008

Lamentável

É lamentável, mas os médicos traumatologistas não podem assumir o risco de cometer qualquer impropriedade contra os pacientes por falta de estrutura do PSP. Fetter Júnior que se vire, assim como o secretário Francisco Isaías. Esse negócio de fazer as coisas sem condições, só para iludir as pessoas, não é decente. Ou se tem condições mínimas, ou não se faz nada. Não dá para brincar com a vida das pessoas. Não dá para tapar o sol com a peneira.


Cidade: Negociações da traumatologia no Pronto-Socorro voltam à estaca zero
Ivelise Alves Nunes

O promotor Paulo Charqueiro informou ontem que as negociações sobre o setor da traumatologia no Pronto-Socorro de Pelotas (PSP), parado desde o dia 10 de abril, voltaram à estaca zero. “O grupo está incompleto e os profissionais só aceitam assumir o cargo com cinco médicos na equipe.” Segundo Charqueiro, a responsabilidade da contratação é do gestor, por isso, pretende se reunir com o secretário da Saúde de Pelotas (SMS), Francisco Isaías, até o final desta semana para determinar que sejam tomadas as devidas providências. Em razão deste impasse, 106 pacientes foram encaminhados para a Santa Casa do Rio Grande nos últimos 48 dias.

Charqueiro disse que a retaguarda dos outros hospitais exigida pelos profissionais para assumirem o cargo (bloco cirúrgico, leitos, internação e atendimento) está garantida, com exceção de alguns equipamentos que necessitam de conserto. A delegada do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Gislaine Vargas, admite que nos últimos dias os dois médicos interessados em se unir aos outros três colegas e integrar a equipe de trabalho desistiram da proposta. Segundo ela, o impasse da traumatologia é um problema mais político do que médico.

No dia 14 deste mês, durante audiência na Câmara de Vereadores, o presidente do Conselho Regional de Saúde, Guilherme Beletti, declarou que já estaria em discussão o pedido de credenciamento da alta complexidade em traumatologia para a Santa Casa do Rio Grande, uma vez que a Santa Casa de Misericórdia de Pelotas deixou de prestar o atendimento há algum tempo por desacordo com a SMS.

Rio Grande continua a absorver a demanda regional

Rio Grande - Desde o início da crise da traumatologia em Pelotas, a Santa Casa do Rio Grande já atendeu 106 pacientes oriundos do município vizinho. O número de pelotenses que procurou o atendimento aumentou com a demissão dos dois últimos especialistas do Pronto-Socorro daquela cidade, no dia 10 de abril. De lá até agora, houve diversas tentativas por partes das autoridades para solucionar a questão. Porém, o problema segue sem solução.O atendimento no ambulatório e serviço de urgência e emergência é cada vez maior para atender à demanda de outros municípios. De acordo com a administração da entidade, de janeiro até esta semana, foram realizados mais de 4,85 mil atendimentos no ambulatório. Do montante, 44% corresponde a pacientes de outras cidades.O credenciamento da referência em traumatologia na Santa Casa do Rio Grande ainda aguarda sua homologação em Porto Alegre. Após ser emitida pelo Conselho Regional de Medicina (Cogere), a resolução foi encaminhada em abril à Comissão Intergestores Bipartite do Rio Grande do Sul (CIB/RS), na capital, para que a decisão seja então publicada no Diário Oficial. O documento, acordado pelos secretários municipais da região, solicita que os atendimentos em traumatologia sejam referenciados para Rio Grande. O secretário de Saúde, Carlos Schabbah, afirmou que na próxima semana deve ser informado sobre a inclusão do assunto na pauta da reunião da CIB.Segundo ele, atualmente Rio Grande é responsável pelo atendimento em São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Chuí. “Se homologado, o atendimento passa a ser oficialmente ampliado para os 22 municípios sob jurisdição da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Pelotas”, disse. Com isso, Rio Grande passaria a receber os recursos necessário para atender à nova camada de pacientes. “No entanto, esse cálculo será realizado pela CIB”, alertou Schabbah. (Camila Almeida)

Um comentário:

Anônimo disse...

Maziero,
Melhor cuidar pra não quebrar as pernas nestes dias, então. Fazer o que né?
Mas ontem o Secretário se explicou no Jornal da RBS aqui. Disse algo como "Não sei porque os médicos não volta, eles tiveram a 'GARANTIDURA' de ..."

G-A-R-A-N-T-I-D-U-R-A... É isso aí...

Então tá BÃO, MIÓR NÃO QUEBRÁ OS OSSO, NÉ?