Enquanto isso, Yeda Crusius e seu terninho estão em Nova York
Está uma bagunça total a situação das escolas estaduais (municipais também, mas esta é uma outra história) em Pelotas. A governadora não está nem aí com a coisa. Hoje, ela deve estar em seu dia de glória, com o governador da Califórnia, o exterminador do futuro Arnold Schwarzenegger. Veja o que acontece com os alunos das escolas estaduais pelotenses enquanto isso:
Cidade: Comunidade escolar cobra soluções
Jussara Lautenschläger
Pais, alunos e representantes do Conselho da Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima realizaram na manhã e na tarde de quarta-feira, em frente ao educandário, manifestação em protesto à falta de professores, à multisseriação, ao fechamento de escolas, à enturmação e por um ensino de qualidade. Os responsáveis pela 5ª CRE não foram encontrados para dar um parecer sobre a mobilização.A representante do Conselho Escolar e mãe de aluno, Telma Araújo, relata que a falta de professores nas disciplinas de Geografia e de Português preocupa os estudantes, assim como o fechamento da biblioteca no turno da manhã. Um abaixo-assinado elaborado pelos pais e alunos será encaminhado ao Ministério Público (MP) com pedido para que reverta algumas medidas adotadas pela Secretaria Estadual de Educação (SEE), através da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (5ª CRE). “Existem turmas com quase 40 alunos em uma sala de aula, o que dificulta o aprendizado porque o professor não tem como esclarecer a dúvida de todos”, observa Telma.Laura Gomes conta que seu filho está na 3ª série e divide a sala com 30 colegas. Para os pais, as últimas medidas da SEE atingem diretamente a qualidade do ensino no Estado.Alunos não querem recuperar aulaDébora Freire, 14 anos, está na 6ª série e uma das preocupações é a falta de professor. “Ainda não tivemos aula de Geografia; são dois meses sem saber sequer o conteúdo do que vamos aprender.” Já Marciele Costa Colvara, 7ª série, já pensa no período de recuperação da disciplina e lembra que ninguém deseja ficar na escola no período de férias.A diretora, professora Neusa Maria Brem Coi, relata que no início do ano letivo ocorreu a aposentadoria do educador que ministrava aulas de Geografia e o pedido de substituição foi encaminhado à 5ª CRE. Já em relação à disciplina de Português, a vaga foi logo preenchida. O educador responsável pela biblioteca da escola era habilitado nesta área e foi transferido para a sala de aula, o que gerou outro problema. Mas a instituição também enfrenta outros transtornos, observa a diretora, como o repasse de apenas 70% da verba que impossibilita suprir todas as necessidades. Para arcar com todos os compromissos é preciso recorrer à promoção de eventos. EnturmaçãoNo início do ano letivo, a diretora Neusa Maria Brem Coi, após vários pedidos e encaminhamentos à 5ª CRE, conseguiu reverter a situação das duas 1as séries do Ensino Fundamental, que tinham 36 alunos cada. “A alfabetização exige que o professor tenha tempo em sala de aula, para dar atenção especial aos estudantes e em turmas grandes este processo não é possível de ser realizado. Hoje estamos com três turmas”, relata. A enturmação também foi feita com as 3as e as 4as séries, o que preocupa pais e educadores.
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