segunda-feira, 26 de maio de 2008

Jornal de aluguel

Leia abaixo trecho do editorial do Diário Popular de hoje. É uma piada. É de encomenda. É jornalismo barato. É servil. É incompetente. É leviano. É mentiroso. Em nenhum momento questiona como a Fundação Simon Bolívar (cuja credibilidade é igual a nada, basta ver sua folha corrida) conseguiu o dinheiro para comprar o terreno - e de onde veio essa verba. Em nenhum momento questiona o porquê da Ufpel (que se relaciona com a Fundação Simon Bolívar de forma promíscua, vide acórdão do TCU em post abaixo) estar no shopping, "se ela nada tem a ver com o centro de compras". Como não, editorialista de aluguel? Que brincadeira é essa? A quem o jornal imagina enganar, num exercício rameiro de prestidigitação?

É lamentável que as evidências estejam aí, à vista de todos - inclusive do Ministério Público - e nada acontece.

Para fazer jornalismo é preciso algo que falta ao Diário Popular: credibilidade e compromisso com o cidadão. Essas palavras não existem no dicionário do jornal.

O editorial, evidentemente, veio para dar uma resposta a este blog, cuja quantidade de acessos incomoda a muitos e que há tempos se posiciona contra a instalação de um shopping privado com a utilização de verba pública.

Prezados: é preciso muito mais do que o Diário Popular para desmentir este blog. É preciso muito mais do que um editorial vagabundo. Tudo isso é pouco. Porque nada vale.

Atenção cidadão pelotense: a área do shopping será valorizada, e os de sempre vão se dar bem. O preço a ser pago pelas benfeitorias do local sairá do bolso dos de costume.

Leia trecho do editorial:
"... A área passou a ter novas perspectivas com o interesse da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) pelo terreno do Anglo e os prédios tombados pelo patrimônio histórico. Parte dos prédios serão utilizados para a Reitoria e várias unidades acadêmicas.
Apesar da Fundação Simon Bolívar ser sócia do Porto Shopping, pois entrou com o terreno e o projeto (15%) - juntamente com a Construtora Arce que lidera um condomínio com 85% - a UFPel nada tem a ver com o centro de compras. Trata-se de um projeto compartilhado, mas com administração independente.
Naturalmente toda a área vai sofrer modificações. O prefeito Fetter Júnior já está asfaltando as vias de acesso ao shopping. Os empreendedores sugeriram a criação de uma rua separando as casas que estão quase coladas ao antigo frigorífico, dos prédios do futuro shopping. O bairro terá uma valorização expressiva, como sempre ocorre com a chegada de um empreendimento deste porte."

2 comentários:

Anônimo disse...

Algumas observações não podem deixar de ser feitas sobre este assunto. A primeira é sobre a existência de uma relação para lá de promíscua do Diário Popular com as instituições de Pelotas, que se baseia nos preceitos de nunca atacar, criticar, questionar, denunciar ou falar mal, sob hipótese alguma, a não ser que sejam dirigidas por inimigos ideológicos, pessoais ou políticos da família Fetter. Sempre que uma instituição se sente "ofendida" por matéria publicada, o jornal não tarda em publicar extensas laudas de desmentidos oficiais, sem se importar que isso vá até mesmo contra o que publicou no dia anterior. O sr. Irineu sabe bem do que falo, pois já sentiu na pele isso. A segunda observação a ser feita é sobre o fato do editorialista do Diário Popular se funcionário aposentado da UFPel e ter por essa instituição uma grandiosa devoção. A terceira observação diz respeito ao fato dos proprietários da maior parte dos terrenos localizados no entorno do antigo frigorífico Anglo serem amigos da família da Fetter (é de se investigar se a própria família dona do jornal não possui alguns lotes ou prédios naquela área, tenho quase certeza de que sim) e, por fim, não se pode esquecer do "peleguismo" que impera na redação do Diário Popular onde tanto o editor-chefe como o chefe de reportagem fazem de tudo para não estragar o humor da família Fetter, especialmente da proprietária do jornal e seu primo prefeito.

Anônimo disse...

A missão dos chefes da redação não é das mais fáceis. É de conhecimento público que o bom humor e a serenidade não são características da direção do jornal. Muito pelo contrário: crises de histeria, gritos com funcionários, azedume e rompantes de estrelismo são constantes. Problemas que deveriam ser tratados na sala de um psiquiatra, pois camuflam fraqueza e falta caráter.