E aí, prefeito Fetter Júnior: vai resolver o problema ou não vai?
O prefeito Fetter Júnior não deve levar o jornal de sua família a sério (veja reportagem abaixo). Mesmo depois das manifestações de mães de alunos por conta do perigo às portas da Escola Municipal Ministro Fernando Osório, ele ignora o fato e não toma nenhuma providência. E aí, Fetter Júnior, vai resolver o problema ou prefere posar com a chave do ônibus na mão?
Cidade: Trânsito na Fernando Osório volta a ser interrompido por mães de alunos
Bianca Zanella
Na falta de um semáforo ou de um agente de trânsito para organizar o tráfego, um grupo de mães de alunos da Escola Municipal Ministro Fernando Osório resolveu tomar uma atitude para garantir a segurança dos estudantes e reivindicar providências do Poder Público. Preocupadas com o alto risco de acidentes no local, as mães improvisaram faixas de sinalização e desde quarta-feira se revezam para interromper o trânsito de veículos para a travessia das crianças, nos horários de entrada e saída da escola.
O colégio está localizado na avenida Fernando Osório, uma via de trânsito rápido com intensa movimentação de veículos. Na pista que vai no sentido centro-bairro a faixa de segurança em frente à escola está praticamente invisível e é ignorada por muitos motoristas. Do outro lado, na via que vai em direção ao Centro, há uma parada de ônibus. Os estudantes que desembarcam ali não contam com nenhum recurso para ajudar na travessia.
Reações
Diante das interrupções no trânsito feitas enquanto os alunos atravessavam a rua, poucos motoristas reagiram insatisfeitos, buzinando. Muitos, porém, consideram importante a atitude das mães. “É um local realmente perigoso, o ideal seria mesmo a presença de um azulzinho”, disse o comerciante Ernesto Vigg, que ao passar de carro pelo local teve que parar alguns segundos.
O que diz a SSTT
O titular da Secretaria Municipal de Segurança, Transporte e Trânsito, Jaques Reydams, informou que já tomou providências para minimizar o problema. Segundo ele, a alguns metros da escola Fernando Osório obras de alargamento do canteiro central estão em andamento. Com a via mais estreita, a travessia fica menor.
Um sinal piscante amarelo, que segundo o secretário já está no local, terá a parte elétrica instalada nos próximos dias e irá ser acionado pelos próprios funcionários da escola nos horários de mais intensa travessia de pedestres. Reydams informou ainda que na próxima semana serão colocadas tachinhas e tachões na via com sentido bairro-centro, além da recuperação do canteiro central, da faixa de segurança e das lombadas, completando a lista de reparos previstos para o local.
As obras de recuperação deste trecho da avenida, conforme o secretário, são realizadas por meio de parceria com a concessionária LagoaSul Toyota e o posto Petrobras, localizados próximo à escola. O custo está em torno de R$ 4 mil.
Sobre a reivindicação da presença de um agente de trânsito, o secretário diz que não há efetivo suficiente para atender ao pedido. “São 40 agentes para quatro turnos. Não existe possibilidade de manter um ali, assim como não existe privilégio para nenhum local onde eles atuam. Os agentes são distribuídos em locais alternados, conforme a necessidade ditada pelo fluxo de trânsito”, informou.
Lombada eletrônica
Outro recurso para oferecer maior segurança aos pedestres que transitam pela avenida Fernando Osório seria a instalação de lombadas eletrônicas. O secretário Jaques Reydams disse que esta possibilidade está em estudo há cerca de um ano, mas o projeto ainda depende de decisões a serem tomadas junto ao Tribunal de Contas sobre a forma de contratação de compra dos equipamentos.
Relembre o caso
Os protestos por segurança no trânsito para os alunos da escola Fernando Osório tiveram início há cerca de 20 dias, quando um acidente envolvendo quatro carros quase atingiu um estudante que chegava para as aulas. Segundo a mãe de um aluno, Márcia Beatriz Ferraz, o grupo vai continuar a interromper o trânsito enquanto considerar a situação insegura. “Estamos realizando manifestações há 21 dias e até agora não recebemos respostas concretas por parte da Prefeitura, mas essas reivindicações não são de agora, já duram anos”, disse.
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