A privada Bibliotheca Pública de Pelotas
Recebedora de verbas da Prefeitura de Pelotas (cerca de R$ 45 mil saídos dos bolsos dos pelotenses) e de outros projetos custeados com dinheiro público federal (já comentado neste blog) a Bibliotheca Pública de Pelotas continua privada - e cobra, mesmo que ínfima, uma mensalidade de seus sócios. Para entender melhor, faça a seguinte analogia: imagine que um clube social que cobra mensalidade de seus associados - e, naturalmente só permite acesso a suas dependências ou serviços de seus associados - receba dinheiro público para se manter. É no mínimo estranho (pergunta: por ser uma entidade privada, a Bibliotheca pode, por exemplo, fechar amanhã e vender todo seu patrimônio? Para quem fica a dinheirama? Se isso puder ocorrer, o erário público será ressarcido ou será mais um caso de dinheiro público utilizado para financiar empreendimentos privados?. De qualquer maneira, é preciso investigar tudo isso. O Ministério Público Federal está apto a fazer este trabalho. Aliás, pode investigar as contas das obras realizadas e quase terminadas na Bibliotheca Pública que é privada. Afinal, transparência com o dinheiro público é bom. Um detalhe: Fundação Simon Bolívar (aquela que quer construir um shopping com dinheiro público) e a Bibliotheca Pública têm muitas afinidades, a começar por sua diretoria. Clique aqui para ver reportagem publicada no Diário Popular e veja o quanto os diretores da Biblioteca Pública estão preocupados - apenas e tão somente com seus associados. Leia a reportagem:
Cidade: Obras na Bibliotheca terminam em outubro
Taís BremApesar de todos os imprevistos, o prazo para conclusão das obras de restauro da Bibliotheca Pública Pelotense (BPP) até o mês de outubro deve continuar intacto. Pelo menos é o que espera a equipe que trabalha na recuperação de 40% do prédio histórico, desde o início de fevereiro. Mesmo assim, enquanto o salão nobre e as duas principais salas térreas estão em reforma, a instituição continua mantendo o atendimento normal a sócios.
A execução da obra está a cargo da empresa Ardizzone Peters. Conforme o engenheiro e diretor proprietário, Vittorio Ardizzone, a idéia é de que os ambientes sejam entregues tão logo estejam restaurados, para que as atividades normais sejam retomadas. “Temos a expectativa de até o final de junho entregar uma das salas de baixo pronta, com novas luminárias e instalações elétricas”, adiantou. Em julho, devem ser concluídas as reformas no espaço que completa a recepção da Bibliotheca. “Depois, em agosto, provavelmente terminaremos os telhados, forros e pisos do salão nobre. Iremos trabalhar para recuperar o atraso e cumprir com o prazo fixado inicialmente.”
O atraso a que Ardizzone se refere corresponde ao tempo-extra que precisou ser disponibilizado, por exemplo, para ações não previstas pelo projeto original, modernização dos sistemas elétricos e instalação de alarmes.
Atendimento
para sócios
De acordo com o diretor de comunicação e patrimônio da casa, João Alberto Santos, serviços como locação de livros, pagamento de mensalidades e fornecimento de informações permanecem garantidos para o quadro de associados. “Entendemos que os usuários têm sido afetados com os contratempos. Por outro lado, sabemos que dentro daquele prédio em intensa movimentação de reforma, não existem condições de se realizar consultas ou pesquisas”, completou Ardizzone. “Contamos com a tolerância para entregar um produto final de excelente qualidade em que a comunidade será a maior beneficiada.”
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