quinta-feira, 21 de junho de 2007

Cursinho

Até parece que a Câmara de Vereadores de Pelotas fez cursinho no Centro Especializado em Seleção da UFPel - aquele, que teve de refazer vestibular por ordem judicial, não eliminou alunos que zeraram em algumas disciplinas em outro, errou na contagem de pontos de alguns vestibulandos em uma outra oportunidade e causou confusão em mais outro processo seletivo e que cujo diretor pediu demissão. Os representantes do povo conseguiram errar na contagem de votos na proposição apresentada há pouco tempo pelo folclórico vereador Samarone (clique aqui para ver vídeo em que ele desanca o secretariado e a administração. Vamos esperar, agora, por essa nova apresentação) que pedia a extinção da Secretaria Municipal de Obras. Veja a reportagem publicada no Diário Popular. Não adianta procurar no site oficial da Câmara, porque lá, tal qual um palimpsesto orwelliano, não consta nada.

Cidade: Erro na contagem de votos tumultua sessão plenária

O resultado da votação de proposição apresentada pelo vereador Édson Campos (PP), o Samarone, que pedia a extinção da Secretaria Municipal de Obras (SMO), gerou polêmica na Câmara ontem. Por erro na contagem de votos, a matéria foi rejeitada. Alertado por um assessor do PT, Samarone, bastante irritado, exigiu revisão à Mesa Diretora e o tumulto se iniciou. A sessão teve de ser suspensa até que se acalmassem os ânimos e quando retomada, nova votação foi realizada, desta vez nominal. Por oito a cinco votos, o pedido foi rejeitado. “Estão me tirando para idiota, para jagunço; querem me perseguir, me persigam, eu sou à prova de balas”, esbravejou Samarone. Na primeira votação foram contados quatro votos contra três, enquanto que havia sido quatro a quatro (na segunda mais cadeiras estavam ocupadas). No espaço aberto à discussão, a maioria dos vereadores que se posicionaram contra a proposição justificou não caber ao Legislativo extinguir secretarias. Samarone queria a extinção da SMO, que considera estar inoperante, ou a troca do titular da pasta, sob o argumento de que um advogado não é o profissional mais qualificado para o cargo. Votaram contra os vereadores Waldomiro Lima (PL), Mansur Macluf (PP), Diosma Nunes (PP), Idemar Barz (PTB), Pedro Godinho (PMDB), Ademar Ornel (DEM), Cururu Insaurriaga (PV) e Otávio Soares (PSB). A favor: Samarone, Ivan Duarte, Paulo Oppa e Mílton Martins (todos do PT) e José Inácio Jesus (PDT). Os vereadores Adalim Medeiros (PMDB) e Professor Adinho (PPS) estavam ausentes. (Tânia Cabistany)

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