quinta-feira, 14 de junho de 2007

Já vai tarde

Deu no Diário da Manhã, de Pelotas:
Professor Cláudio Manoel da Cunha Duarte pediu afastamento do cargo de diretor do Centro Especializado em Seleção da Ufpel, órgão que também prepara o vestibular da universidade. Assumiu, temporariamente, a servidora de carreira da UFPel, Rosalina Vieira dos Anjos.

Para quem não lembra
O professor Cláudio Manoel da Cunha Duarte era o responsável por vestibulares e concursos da UFPel que ocupava - será que vai ocupar ainda, mesmo afastado? - cargo em comissão desde 2005. De qualquer maneira, aí vai uma notícia, publicada no site juristas.com.br (http://www.juristas.com.br)

16.5.07 [18h42]
MPF/RS ajuíza ação de improbidade contra responsável por vestibulares e concursos da Ufpel

O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul ajuizou ação de improbidade administrativa contra o presidente do Centro Especializado de Seleções (CES), Cláudio Manoel da Cunha Duarte, órgão da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), responsável pela organização dos vestibulares e concursos públicos da universidade.
O servidor, que não pertence aos quadros da universidade, ocupa cargo em comissão desde 2005. No entanto, entre dezembro de 2006 e março de 2007, o Ministério Público Federal constatou que suas condutas culposas ou dolosas foram responsáveis por problemas ou pela anulação de todos os três processos seletivos da instituição. Um deles causou a anulação de uma prova, para ingresso no Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça (CAVG), colégio de 2º grau vinculado à Ufpel, pela ausência de um responsável para prestar informações aos candidatos antes do início das provas. Com isso, muitos candidatos foram impedidos de fazer a prova. Posteriormente, ajuizaram mandado de segurança e a prova foi anulada, tendo que ser realizada novamente. Na segunda prova, a abstenção foi de 44%.
Outro erro cometido pelo CES foi quando anulou a classificação dos alunos que prestavam o Programa de Avaliação da Vida Escolar (Pave), uma alternativa ao vestibular, realizada ao final de cada ano do ensino médio. As notas dos candidatos foram mal calculadas, e a classificação inicial teve que ser alterada. “Vários candidatos que já tinham comemorado a sua aprovação, de repente viram que não estavam aprovados”, explica o procurador da República Max Palombo, autor da ação. Já no vestibular, 96 candidatos deixaram de ser excluídos do certame, conforme previsão do edital, uma vez que haviam tirado zero na prova de redação.
Para Max Palombo, o erro mais grave foi a decisão do presidente do CES de mandar corrigir todas as notas de redação do Pave, o que deveria ocorrer apenas em relação às redações dos candidatos mais bem classificados. “Foi uma alteração unilateral do edital, e que só o responsável podia ter conhecimento. Tomou uma decisão sozinho, dolosa, e que não foi comunicada a outros membros da universidade, alterando a classificação de vários alunos que prestavam o Pave”, defende o procurador.
Finalmente, o MPF aponta como ato de improbidade o fato de o presidente do CES não ter se afastado de suas funções quando duas sobrinhas suas realizavam provas no Pave. “É inadmissível esta participação. O servidor deve se afastar”, enfatiza Max Palombo.


Aos poucos
E com muita serenidade, o Ministério Público Federal chega lá. É a única esperança da UFPel voltar a ter uma boa reputação e credibilidade no meio acadêmico. E, talvez, de ter um coordenador de Comunicação que conheça o seu trabalho.

3 comentários:

Anônimo disse...

" Aos poucos
E com muita serenidade, o Ministério Público Federal chega lá. É a única esperança da UFPel voltar a ter uma boa reputação e credibilidade no meio acadêmico. E, talvez, de ter um coordenador de Comunicação que conheça o seu trabalho. "

Absolutamente impecável. Parabéns.

Anônimo disse...

Somente no teu blog posso acompanhar as notícias que os jornais da terrinha escondem. Muita energia para a nossa boa informação.Abrs.

Anônimo disse...

EM relação as Portarias, porque será que não aparece mais na página inicial para consultas, poderá ser para incluírem as portarias que faltam, casualmente as das viagens do "excelentíssimo Reitor", ou para realmente dificultarem o acesso. Conhecendo a esta gestão, ficarei com a última opção.

15/06/07 21:46