terça-feira, 5 de junho de 2007

Parabéns, Ministério Público

Veja o que foi publicado no site da UFPel hoje, dia 5 de junho. Comento em seguida.
05/06/07
Cancelado desconto na inscrição ao Vestibular para servidores e seus filhos
Por recomendação do Ministério Público Federal, a Coordenadoria de Assuntos Estudantis e Comunitários(Caec)da UFPel cancelou o desconto de 50% na taxa de inscrição ao Vestibular de Inverno de 2007 da Universidade que seria concedido aos servidores da instituição e das fundações de apoio e seus filhos.


O Ministério Público Federal de Pelotas deu uma demonstração soberba do que deve ser feito quando as irregularidades e privilégios ocorrem sob a proteção ou negligência daqueles que deveriam, entre outros afazeres, zelar pela igualdade de direitos, pela democracia, pela Justiça e pela transparência de ações. Tem mais assuntos que o Ministério Público investiga a fundo, como o Condomínio Residencial UFPel, os fantásticos acordos com a Fundação Simon Bolívar, Fundação Delfim Mendes Silveira e outras entidades. É só uma questão de tempo para tudo ser colocado à vista de todos. Uma Universidade tem de dar bons exemplos aos seus alunos.

Ainda dá tempo
Reitor César Borges: ainda dá tempo do sr. cair fora da UFPel.

Será?
Publico a informação do cancelamento do desconto na taxa de inscrição agora, às 23h. Como será que o Diário Popular vai informar seus leitores - e inúmeros vestibulandos - a respeito? Como sempre, estou curiosíssimo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Irineu, por contribuir no combate ao provincianismo dessa cidade.

Anônimo disse...

"Por recomendação do Ministério Público Federal"
Quem alertou o MPF?

Anônimo disse...

Olá Irineu,

Ao que parece, o Diário Popular de hoje (06/06) esqueceu de, mais uma vez, noticiar fato relevante envolvendo a UFPel. Neste caso, a Invasão da Reitoria pelos acadêmicos em protesto contra a reforma universitária.

Como não há informação alguma sobre tal ocorrido nas páginas do DP, reproduzo abaixo a íntegra da matéria disponível na edição desta quarta-feira, de Zero Hora. Atente para o trecho "Cada um dos movimentos tem pautas específicas, mas dois fatores os unem..."

No caso da UFPel, o que seriam as tais "pautas específicas"? O que, além da reforma universitária, teria levado os acadêmicos a protestar dentro da ante-sala do magnífico reitor Cesar Borges. Ficaremos mais uma vez sem conhecer o que ocorre em nossa cidade?

Cabe explicações, não só por parte da UFPel, como do DP.

Aliás, no site da universidade pelotense, também nada consta sobre o assunto.

Abraços Cordiais dos Pampas


Segue a íntegra da matéria de Zero Hora:

Ensino
Onda de invasão de universitários chega à UFRGS
Acampamento na reitoria foi em solidariedade à ação dos alunos da USP
HUMBERTO TREZZI

Na manhã de ontem estudantes transformaram em cozinha campeira o salão de entrada do prédio da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Vindos da Faculdade de Educação, os alunos trancaram a Avenida Paulo Gama, invadiram o saguão, montaram três barracas, espalharam colchonetes pelo chão e prepararam um arroz de carreteiro, em fogareiros improvisados. Prometem ficar por tempo indeterminado, em solidariedade a seus colegas da Universidade de São Paulo (USP), que ocupam a reitoria há 35 dias. Querem também ver atendidas sete reivindicações, das quais seis são específicas da UFRGS.

Foi uma articulação simultânea com a de alunos da Universidade Federal de Pelotas (UFpel), que invadiram a reitoria daquela universidade na mesma manhã. Cada um dos movimentos tem pautas específicas, mas dois fatores os unem: o apoio à invasão na USP e o posicionamento contrário à Reforma Universitária proposta pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. Os alunos refutam projetos que "condicionam as pesquisas universitárias às necessidades do empresariado".

Militantes do P-Sol e do PSTU deram apoio ostensivo à invasão, o que evidencia uma certa diferença com relação ao episódio da USP, onde as ações são coordenadas por grupos que se dizem alheios a partidos, com tendência anárquica. Os líderes do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFRGS garantem, apesar de partidos estarem solidários, que o movimento é suprapartidário.

Reitor diz que reivindicações já estão sendo atendidas

Alguns funcionários da UFRGS - que estão em greve - manifestaram apoio aos alunos. Eles e os professores tiveram livre acesso ao prédio, mas a imprensa foi mantida afastada do saguão. O reitor José Carlos Hennemann conseguiu trabalhar normalmente, porque seu gabinete não foi ocupado. À tarde, ele recebeu uma comissão de quatro representantes dos alunos.

Hennemann adiantou que vários pedidos dos estudantes estão a caminho de serem atendidos, como a transferência do Instituto de Artes para um novo prédio e a construção de um restaurante universitário na Escola Superior de Educação Física. O reitor prometeu que os guardas universitários não reprimiriam os manifestantes, a menos que ocorresse algum ato de vandalismo. Não está descartada uma greve dos 22 mil alunos da universidade.

(humberto.trezzi@zerohora.com.br )

Disponível em http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&edition=7881&template=&start=1§ion=&source=a1523572.xml&channel=9&id=&titanterior=&content=&menu=23&themeid=§ionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=