Empurrar com a barriga
A UFPel optou pelo silêncio. Mais um dia se passou e nada de qualquer resposta às indagações deste blog, postadas no último dia 9 de junho e que versavam sobre as viagens do magnífico reitor César Borges e o imprevisto que impediu que participasse da cerimônia de assinatura de um convênio com um órgão oficial de Valência, na Espanha, embora o objetivo de mais essa ausência do país fosse esse, e a inexplicável falta de publicação de inúmeras portarias que regem a vida da Universidade. Qual é o mistério que elas escondem, mesmo que temporariamente?
Essa estratégia - de não responder e esperar até que o assunto seja sobreposto por outros - reflete bem o espírito que se instalou naquela que deveria ser uma das principais universidades do país mas que a cada dia fica mais atolada em escândalos. É um jogo manjado que qualquer assessor sabe que funciona. Fazer isso é fácil. O difícil é ser transparente e dar explicações. Principalmente quando elas não existem o jamais serão satisfatórias o suficiente. Jogar a sujeira debaixo do tapete não resolve nada, ó magnífico reitor. Ela continua lá, a incomodar. Em algum momento o cheiro será tão intenso que ela terá de ser retirada.
Para esperteza, esperteza e meia
Cabe agora ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas, a Procuradoria Federal e outras tantas instâncias judiciais fazerem uma devassa nessa instituição. Verificar cada documento, cada convênio firmado com fundações, cada viagem, cada vestibular mal-feito, cada exame que precisou ser refeito por ordem judicial, cada curso dirigido a poucos, cada vantagem oferecida indevidamente, enfim, tudo que se fez nesta magnífica gestão. É o mínimo que se espera dessas instituições.
Os professores, alunos e funcionários da UFPel não merecem conviver com tantas irregularidades cometidas por aqueles que deveriam servir de exemplo.
Ainda dá tempo
O coordenador de Comunicação da UFPel, sr. Clayton Rocha, ainda pode se redimir e não participar dessa falta de transparência. Afinal, ele é pago para comunicar e não ocultar informações, e como bom profissional, deve fazer bem o seu trabalho. Seu compromisso não deve ser com pessoas, mas sim com a instituição que banca o seu salário. Bem, como profissional conceituado, o sr. Clayton Rocha deve saber muito bem como agir. Aguardo, como cidadão interessado em sabe para onde vão os impostos que pago, seus esclarecimentos.
Um comentário:
ELE É O BOM, É O BOM, É O BOM...
Está no site da UFPel. Acredite quem quiser! Digno de um Bolivariano!!!
11/06/07
Cesar Borges homenageado com a Medalha Fronteira da Paz
No dia 5 de junho a Câmara dos Vereadores de Santana do Livramento, durante a audiência pública sobre a Unipampa, prestou grande homenagem ao professor Cesar Borges, reitor da UFPel. Além dos vereadores e do prefeito municipal que participou do início dos trabalhos na Câmara presidida pelo vereador César Maciel esteve presente a professora Maria Beatriz Luce, representando a Secretaria de Ensino Superior do MEC, além da comunidade em geral.
A medalha FRONTEIRA DA PAZ representa, como o próprio nome diz, a cultura de integração surgida da convivência internacional pacífica entre os dois povos, especialmente representada por Santana do Livramento, no Brasil e Rivera, no Uruguai. A fronteira entre as duas cidades é terrestre, estando unidas (e não separadas) por uma rua, apenas.
A medalha FRONTEIRA DA PAZ é outorgada a pessoas que tenham prestado relevantes serviços à cidade de Santana do Livramento e à causa da integração. Cesar Borges, ao longo de sua trajetória educacional, em seu primeiro mandato como reitor da UFPel, (1993-1997) inaugurou com o Ministro da Educação o Centro de Integração do Mercosul, inaugurou em Pelotas a Agência da Lagoa Mirim, tendo participado da cerimônia os chanceleres do Brasil e do Uruguai, e graças a sua atuação, o então presidente da República, Itamar Franco, designou a UFPel como administradora do lado brasileiro do Tratado Brasil Uruguai da Lagoa Mirim.
Agora, em seu segundo mandato como dirigente da Universidade Federal de Pelotas, Cesar Borges foi pioneiro na criação da Unipampa, a primeira universidade federal descentralizada do País. Ele teve apoio decisivo do MEC na instalação de cinco campi na Metade Sul, sob a coordenação da UFPel: Santana do Livramento, Bagé, Caçapava do Sul, Jaguarão e Dom Pedrito. Em virtude desta grande aquisição para Livramento, ele foi agraciado com a medalha Fronteira da Paz. Esta distinção havia sido concedida anteriormente ao atual Ministro da Justiça, que também é Professor Honoris Causa da UFPel, Ministro Tarso Genro.
Ao receber a Medalha Fronteira da Paz, Cesar Borges agradeceu dizendo que dividia aquela importante homenagem com todos os servidores e docentes da sua Universidade, a UFPel, pois sem a sua valiosa ajuda a Unipampa não teria existido. Destacou que dividia aquela distinção com os servidores anônimos e abnegados da UFPel, através de um agradecimento dirigido aos seus pró-reitores Francisco Carlos Luzzardi, Luiz Fernando Minello, Elio Zonta, Eliana Povoas, Alci Loeck, Vitor Hugo Manzke e ao Vice-reitor Telmo Pagana Xavier, presidente do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, o qual analisa e decide sobre os rumos acadêmicos da Unipampa.
De modo especial, destacou o excelente trabalho realizado pela equipe do campus de Santana do Livramento, dirigida pelo Professor Ricardo Sainz e pelo Coordenador Administrativo Mauricio Pinto da Silva. Ressaltou ter sido lá a instalação da primeira sede definitiva entre as dez cidades que abrigam a nova universidade graças às negociações muito bem conduzidas pelo diretor daquele campus.
Cesar Borges finalizou seu discurso com a convicção de que Santana do Livramento, exemplo de integração binacional, ganhava naquele momento não somente uma instituição federal de ensino superior e sim duas universidades que integradas e irmanadas iriam trabalhar em prol do desenvolvimento da região e da Metade Sul do Rio Grande do Sul.
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