sexta-feira, 18 de abril de 2008

Uma hora a casa cai

As fundações de apoio às universidades precisam passar por uma auditoria urgentemente. É preciso acabar com a bandalheira que existe por aí.

Cidade: Candidato a presidente do Andes critica fundações de apoio (Diário Popular)
O aumento do controle às fundações de apoio a universidades públicas, em especial à Universidade de Brasília (UnB), anunciado pelo Governo Federal, não terá eficácia alguma, afirmou o professor de Geociência da Universidade de São Paulo (USP), sociólogo Ciro Teixeira Corrêa. Candidato a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Corrêa proferiu palestra ontem em Pelotas e discorreu sobre a série de denúncias de irregularidades encaminhadas pela entidade à União.Corrêa defende a tese de que é preciso o Governo Federal parar de apresentar propostas vazias e tratar de financiamento em infra-estrutura, para que de maneira autônoma a universidade venha a gerir planos e metas acadêmicas, como prevê a Constituição Brasileira. Lembrou que o Andes faz levantamentos sobre a situação das fundações de apoio desde 2000, formulou denúncia à União, mas que nada foi feito, nem mesmo no atual governo, ainda que Lula tenha assumido o compromisso enquanto candidato.“O Governo Federal abandonou muitas de suas posições históricas. Disse que derrubaria o veto de Fernando Henrique Cardoso à meta de aumentar de 3% para 7% do PIB os investimentos em educação no País, mas não o fez”, afirmou. Em seu entendimento, os diversos programas implantados pelo Governo Federal apenas ocupam espaço político. “Para o Andes, as fundações de apoio se aproveitam da infra-estrutura pública das universidades para conseguir contratos e beneficiar quem delas participa e não as instituições”, acrescentou.ESCÂNDALOSConforme Corrêa, o problema é sempre o mesmo: escândalos, como os que ocorreram e envolveram várias fundações e universidades brasileiras. “Pegam dinheiro público para executar tarefas, administrar postos de combustíveis, organizar concursos, todas funções universitárias”, ironizou, ao acrescentar que as fundações de apoio movimentam grandes recursos do setor público, que transferem para pagamento de empresas e complementação de instituidores. (Tânia Cabistany)

Um comentário:

Anônimo disse...

Irineu, na UFPel não seria tão difícil, é só pegar as listagens dos contratados das "exemplares" fundações e cruzar com os servidores da universidade e ficar surpreso com a conclusão de que 80 a 90% são parentes de servidores e casualmente votos na eleição próxima.