sábado, 19 de abril de 2008

Caos na Saúde

É um absurdo a situação da saúde em Pelotas. Como é possível que uma cidade com mais de 350 mil habitantes tenha um Pronto-Socorro nessa situação. E existem três gestores: a Prefeitura, a Ucpel e a Ufpel. Os médicos têm mesmo é de exigir condições mínimas de atendimento. O cidadão pelotense também deve exigir mais respeito. Chega de falação. É preciso mais atitude e menos power point

Cidade: PSP continua sem traumatologistas (Diário Popular)
Ivelise Alves Nunes
A Secretaria da Saúde de Pelotas (SMS) e os traumatologistas ainda não chegaram a um acordo para solucionar o impasse que atinge o atendimento no Pronto-Socorro de Pelotas (PSP) há exatos dez dias. Do total de quatro médicos envolvidos nas negociações, apenas um compareceu à reunião de ontem à noite. Ele não aceitou as condições oferecidas pelos gestores. Outros dois teriam garantido ao secretário Francisco Isaías, verbalmente, a concordância com as propostas existentes até o início da tarde e o outro deve se encontrar ainda hoje com o titular da SMS.
Por outro lado, com a proposta de apoio na retaguarda apresentada no início da tarde de ontem pela direção do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP/UCPel), o secretário Isaías considera que as condições de infra-estrutura estejam de acordo com as exigências feitas pelos profissionais desde que deixaram os cargos. Ao confirmar a liberação do centro cirúrgico do hospital para os casos de urgências traumatológicas oriundos do PSP, em atendimento à solicitação da SMS, o diretor do HUSFP, Elói Tramontim, destacou que também foram exigidas outras quatro alternativas. Com isso, a disponibilidade de leitos e demais reivindicações de garantia de retaguarda ficam asseguradas apenas pela Santa Casa de Misericórdia de Pelotas (que oferece nove vagas, anestesista e internação) e pela Sociedade Portuguesa de Beneficência (que ontem ampliou de seis para oito o número de leitos, anestesista e internação).

EXIGÊNCIAS do HUSFP
Como o HUSFP não dispõe de leitos para traumatologia, a sugestão feita pela direção é de que o paciente seja encaminhado ao PSP após o procedimento feito no centro cirúrgico. E este foi o item em que o secretário Francisco Isaías apresentou a contraproposta. Segundo ele, por não oferecer estrutura hospitalar, o PSP não pode se responsabilizar pelo paciente neste retorno, por isso ele teria de permanecer nas dependências da unidade de urgência e emergência sob os cuidados do HUSFP. A contraproposta está sendo analisada.
A segunda alternativa do hospital da UCPel sugere o atendimento aos casos em que o doente se enquadra no regime de hospital-dia, ou seja, retornar para a casa dentro de 12 horas. A terceira exigência no documento enviado ao secretário, o HUSFP também solicitou, por escrito, o que representa o teto da traumatologia para o município a fim de avaliar a situação.
Por fim o diretor manifestou o interesse do HUSFP em se responsabilizar por toda a demanda da traumatologia oriunda do PSP desde que a SMS se proponha a auxiliar na busca pelo credenciamento e na ampliação da área física que se faz necessária para atender a esta demanda. O secretário da Saúde de Pelotas explicou que, com exceção da ressalva no primeiro item, a SMS concorda com todos os outros.

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