sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fetter Júnior cumprimenta com chapéu alheio

Que feio! Fetter Júnior aproveitou o empenho do deputado federal Matteo Chiarelli (DEM) e do presidente do Sindilojas, Renzo Antonioli, para pegar a grana do Fundo Nacional de Segurança Pública para fazer firula durante o período que antecede as eleições. Fetter Júnior quer usar a grana para gastar com a Guarda Municipal. É lamentável. A Guarda Municipal de Pelotas não funciona, como já foi publicado inúmeras vezes no jornal do próprio Fetter Júnior. O coordenador da Unidade Gestora de Projetos (UGP) da prefeitura, Jair Seidel, aliás, afirmou ao Diário Popular (reportagem abaixo) que a Guarda Municipal tem capacidade para monitorar espaços públicos. Desculpe, sr. Jair, mas não tem. Basta ver como está a cidade. Deixe-me lembrar: já apareceu a estátua daquele casarão comprado pela Prefeitura? Outra coisa... alguém lembra que vândalos roubaram peças da praça localizada em frente à Prefeitura, cuja responsabilidade de monitorar é da Guarda Municipal? Já descobriram a gangue que detonou inúmeras vezes aquele posto de saúde? Certamente existem outros exemplos dessa natureza, não é mesmo sr. Jair? Sua Guarda, Fette Júnior é reflexo de seu governo. Não funciona.

Cidade: Sindilojas discorda da destinação de verba federal
O anúncio da prefeitura de que receberá verba do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) gerou desentendimento com o Sindicato do Comércio Varejista de Pelotas (Sindilojas). A verba de R$ 400 mil será destinada à Guarda Municipal (GM) para aquisição de câmeras de monitoramento. A expectativa era de que o montante, viabilizado mediante emenda parlamentar do então deputado federal Matteo Chiarelli (DEM), seria utilizado na continuação do projeto entre Sindilojas e Brigada Militar (BM). Entretanto, o recurso federal só pode ser recebido pelo município e será destinado à implantação de pontos de monitoramento em espaços públicos, como ruas, prédios e praças.
Conforme o presidente do Sindilojas, Renzo Antonioli, a vinda do recurso foi avisada ao Executivo pelos dirigentes do sindicato. “Comunicamos da verba e do projeto do Sindilojas e Brigada Militar. A notícia de destinação de R$ 400 mil à Guarda Municipal causou estranheza. Pelotas é a única cidade gaúcha que a prefeitura não entrou com dinheiro na implantação das câmeras de monitoramento”, disse.O montante também seria outro, segundo os dados de Antonioli: R$ 360 mil. O orçamento realizado pela entidade apontava a possibilidade de comprar 25 câmeras de vigilância. O coordenador da Unidade Gestora de Projetos (UGP) da prefeitura, Jair Seidel, informou que serão licitados inicialmente 14 equipamentos, o que não necessariamente corresponde ao valor total repassado pelo FNSP. “A licitação inicial será para 14 câmeras de alta tecnologia, para uso com sistema de fibra ótica. O orçamento médio que possuímos dá conta desse número. Mas isto não quer dizer valores menores, pois a compra será após o processo licitatório”, argumentou Seidel.
A Lei 10.201/01, que regulamenta o FNSP, estabelece como critério para recebimento de recursos o município que mantenha Guarda Municipal ou realize ações de policiamento comunitário. “Portanto, somente a prefeitura está habilitada a receber a verba. Talvez o desentendimento tenha ocorrido por falta de conhecimento da legislação que traça as diretrizes do fundo. Ainda pretendemos discutir com a Brigada Militar e com o próprio Sindilojas para ver os locais mais necessitados para receber quatro das 14 câmeras”, argumentou Seidel. Segundo o coordenador, a GM tem capacidade de monitorar espaços públicos. Alguns pontos já estão definidos, como a esquina das ruas Andrade Neves e Tiradentes. “Serão espaços estratégicos e com circulação do público, como praças”, adiantou.
O principal questionamento do presidente do Sindilojas era quanto ao beneficiamento da população, pois a notícia inicial dava conta de instalação dos equipamentos nos prédios públicos. “O projeto do sindicato e da BM pretende implantar pontos de monitoramento nos trevos de acesso à cidade, na estrada do Laranjal e em frente aos colégios sem empresas por perto para patrocinar.
As imagens são enviadas via rádio, mais barato do que o por fibra ótica”, disse. O coordenador da UGP defendeu o método de envio de imagens selecionado por ser mais moderno e eficiente. “Existem diversos tipos de câmeras, vamos licitar os modelos aceitos e recomendados pelo próprio Fundo Nacional de Segurança.” A discussão sobre os pontos a serem implantadas as câmeras é válida. Porém, o mais importante é aumentar a segurança da população. (Anna Fernandes)

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