Demorou

Somente agora, quando está em discussão a eleição de um novo reitor para a Ufpel, que professores sérios, funcionários concursados e alunos que entraram pela porta da frente na universidade conseguem entender o que este blog denuncia desde sempre. O magnífico reitor César Borges fez da Ufpel seu País das Maravilhas. Viajou pelo mundo muito bem acompanhado, inclusive por pessoas que sequer tinham qualificação necessária para os seminários e encontros que diz que frequentou. Manteve contratos fantásticos e milionários com a amiga e companheira Lisarb Crespo, presidente da Fundação Simon Bolívar. Colocou o nome da Ufpel em destaque no Tribunal de Contas da União. É parceiro indireto da Fundação Simon Bolívar na compra da área do primeiro shopping de Pelotas (segundo o Ministério Público, o dinheiro para a aquisição do antigo Frigorífico Anglo veio da apropriação indevida de dividendos de aplicações de dinheiro público pela Fundação Simon Bolívar), eliminou as portarias que estavam na portal da universidade na Internet, esqueceu de comprar dezenas de computadores, embora tenha recebido a grana (conforme documento do TCU publicado neste blog no dia 23 de maio), contratou irregularmente mais de 500 pessoas, promoveu vestibulares que apresentaram irregularidades gritantes e até quis, em companhia da também magnífica e sempre parceira Lisarb, construir uma faculdade de Veterinária exclusiva para oriundos do MST, projeto felizmente abortado pela Justiça. E agora, César Borges perdeu o prazo para se inscrever para um novo mandato. Está fora, se as regras forem cumpridas. Certamente, César Borges não vai dar o braço a torcer. Resta aos alunos que entraram pela porta da frente, os funcionários concursados e os professores sérios mostrarem que, de fato, honram esses adjetivos, que deveriam estar em cada um de nós.