quinta-feira, 5 de junho de 2008

Tome vergonha na cara, magnífico reitor

O magnífico reitor César Borges utiliza a Ufpel como escritório particular. Cadeia para ele e para os seus companheiros de aventuras. Será possível que a Justiça não veja o que acontece na Ufpel? César Borges tem muito a explicar - e o pior, nem honra o próprio nome, sempre de maneira negativa nas reportagens que aparecem no site da Procuradoria da República. Tenha vergonha na cara, reitor. Será que você, magnífico reitor, encara o espelho de frente? Tem como explicar em casa todas essas confusões? Respeite a Universidade, magnífico e enrolado reitor, que ela não merece ter como dirigente máximo uma figura como a sua.
A Fundação Simon Bolívar também tem muito a explicar, a começar a utilização de dinheiro público para a compra de áreas particulares para uso particular. Sua presidente, Lisarb Crespo, também é pródiga em aparecer em acórdãos do TCU. Essa figura, que está em todas em Pelotas, precisa de invetigação. Todos os contratos celebrados entre a Ufpel e a Fundação Simon Bolívar devem ser checados. A conta bancária dos dirigentes também.
Será que essa história vai terminar como tantas outras que ocorrem nesse país, isto é, em nada? Quando é que esse país vai punir com seriedade aqueles que utilizam de maneira perversa o dinheiro público? Justiça, só isso. Dr. Max Palombo, por favor, leve isso - e outras situações tão escabrosas quanto essa - adiante. Atitudes como a sua são um alento para aqueles que ainda acreditam que é possível que a Justiça prevaleça.
E esse dr. Alípio, hein? Espertalhão esse doutor, não é mesmo? A Justiça deve ser feita. A Ufpel deve ter outros cadáveres desse tipo no armário. E gente viva também, se é que me entendem.
Leia reportagem publicada no site da Procuradoria da República do Rio Grande do Sul.

MPF/RS propõe ação de improbidade contra reitor e pró-reitor da Ufpel
5/6/2008 14h47
Ufpel foi utilizada para convênio irregular.
O Ministério Público Federal em Pelotas (RS) ajuizou ação de improbidade contra o reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), César Borges, e contra o pró-reitor de Assuntos Comunitários da instituição, Alípio Coelho, em razão de convênio assinado pelo reitor que permitiu à Santa Casa transferir seu setor de heomodiálise para prédio da Ufpel. A clínica de hemodiálise da Santa Casa era gerido até março de 2007 por empresa pertencente ao professor Alípio, pró-reitor da Ufpel, conduta por si só vedada pelo estatuto do servidor público.No começo de 2007 foram iniciadas negociações com a universidade para transferir a clínica para um prédio da Ufpel, especialmente preparado para esse tipo de atividade. As negociações foram conduzidas, da parte da universidade, pelo próprio interessado, Alípio Coelho. A empresa dele vendeu seus equipamentos à Santa Casa por 700 mil reais, mas ele continuou à frente do serviço, como consultor técnico, recebendo remuneração da Santa Casa e, ao mesmo tempo, negociando junto ao reitor da Ufpel a transferência para o Centro de Pesquisas Amilcar Gigante. Em outubro, após parecer não conclusivo da Procuradoria Jurídica da universidade, o reitor César Borges assinou convênio que permitiu o uso das instalações pela Santa Casa, que se transferiu para o local cinco dias depois de firmado o convênio.Segundo o procurador da República em Pelotas Max Palombo, “a conduta dos dirigentes da Ufpel se enquadra na Lei 8.429/92, que considera ato de improbidade o exercício de atividade de consultoria a pessoa jurídica que tenha interesse que possa ser atingido por ações do agente público, além da dispensa de licitação para locação do espaço, e ausência de pagamento de contraprestação à universidade”.O procurador da República lembra na ação que o Tribunal de Contas da União já havia determinado a realização de licitação referente ao mesmo local, para permitir seu uso a uma outra clínica particular, e também anulou a licitação por haver dela participado empresa que tinha como sócios servidores da universidade. Na época, segundo o procurador da República, César Borges, que ainda não era reitor, se insurgiu contra a negociação então realizada no Conselho Universitário.Para o procurador da República, a situação agora é ainda pior, pois um dos principais interessados no contrato, e responsável por toda a negociação, é o pró-reitor responsável pelos contratos na área de saúde da Ufpel, o que torna evidente o conflito de interesses, que a Reitoria não se preocupou em nenhum momento em afastar.

Processo 2008.71.10.001851-0, para busca na Justiça Federal.

Leandro Godinho
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Rio Grande do Sul
(51) 3284.7370/7369/8423.9146

2 comentários:

Anônimo disse...

Mas que barbaridade! Até quando vai isso?
A tônica entre meus colegas é a seguinte: faça vista grossa, puxe o saco de quem manda, não interessa a competência. Estamos nos formando com a idéia de que o negócio é ser dócil, e vender a alma ao diabo. O Fausto, outra vez.

Anônimo disse...

Sabe de uma coisa Irineu? Acho que cada universidade tem o reitor que merece. Pq se a comunidade universitária não admitisse, não aceitasse esses desmandos, a luta do procurador Max Palombo provavelmente seria menos inglória. Mas não, ela aceita esse tipo de desmando e, pior, qdo tem um naquinho de poder faz o mesmo. Já te falaram sobre o que acontece nos concursos para ingresso de professor efetivo? Minha mãe do céu!!! Em algumas unidades a cultura do apadrinhamento, do favorecimento e do compadrio é de enojar. Repugnante!!! A lógica é assim - e deixo como alerta a todos que tenham ambições acadêmicas na UFPel (sobretudo para aqueles cursos mais "descolados", os mais "cabeça" da universidade): tens um bom padrinho, uma boa dinda? És o(a) queridinho(a) do(a) manda-chuva da patota? Se não é o teu caso meu velho, parte pra outra. Pq ali, essa é a prova de título que vale mais. Como dizia aquela propaganda do MacDonalds: odeio muito tudo isso!!!!