quarta-feira, 4 de junho de 2008

E La Nave Va

Só tenho a lamentar os braços curtos da Justiça e a falta de visão sobre aquilo que acontece debaixo de seu nariz. A Fundação Simon Bolívar, que utilizou dinheiro público para adquirir a área do antigo frigorífico Anglo, já vende uma parte dessa mesma área para a construção de um condomínio que - dizem - será destinado aos funcionários da Ufpel, da própria Fundação Simon Bolívar e da Fundação de Apoio Universitário. É evidente que uma manobra dessa é ilegal e que seus autores, numa sociedade mais séria e menos apática, mofariam na cadeia, mas, no entanto, nada se faz. É evidente ainda que o magnífico reitor César Borges, o garoto-propaganda do condomínio, - e, que, em tese, não tem nada a ver com aquilo - tenha aparecido na foto. Ele é candidato à reeleição. E, parece, sua barra anda suja na Ufpel. Portanto, é interessante que vincule seu magnífico nome aos apartamentos. Vai ver que ele é sócio da empreitada...Quanto à reportagem do Diário Popular, foi publicado aquilo que se espera do jornal e de seus diretores, amigos de longa data da turminha da Ufpel. A matéria saiu conforme a encomenda, sem qualquer questionamento e com bom aproveitamento dos comes-e-bebes. É lamentável que um jornal centenário se preste a esse papel. E La Nave Va.

Economia: Começam obras do Residencial Simon Bolivar (Diário Popular)
Maria da Graça Marques
Com a presença do reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), César Borges, e da presidente da Fundação Simon Bolivar, Lisarb Crespo, foram oficialmente iniciadas ontem as obras de preparação do terreno onde será construído o Residencial Simon Bolivar. A cargo da Ricardo Ramos Construtora, o empreendimento em frente à futura sede do Campus Porto será exclusivo para funcionários da UFPel e das fundações de apoio - a Simon Bolivar e a de Apoio Universitário. A administração será da Fundação Simon Bolivar, com financiamento da Caixa Econômica Federal.Como apoiador da iniciativa, o reitor destacou a importância de proporcionar a casa própria aos funcionários da UFPel e das duas fundações, principalmente pela localização onde isto ocorre - próximo ao trabalho e numa área que será valorizada pela presença do Porto Shopping. “Somos catalisadores”, disse Borges, ao anunciar a mudança da reitoria para o Campus Porto ainda na primeira quinzena de agosto e o funcionamento das salas de aula no segundo semestre deste ano. A prioridade será dada ao curso de Letras, por estar num prédio precário, adiantou.Com dois dormitórios e uma vaga no estacionamento, cada imóvel tem um custo aproximado de R$ 36 mil, segundo a arquiteta responsável pelo projeto na Ricardo Ramos Construtora, Cláudia Soares. O investimento total, dentro do Programa Imóvel na Planta da Caixa, é de R$ 4,320 milhões, com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social. A partir da assinatura do contrato com a Caixa, prevista para o dia 12 deste mês, o prazo para construção é de 12 meses.
Em 45 dias, explica a arquiteta, devem começar as obras de alvenaria do Residencial, que foi projetado com quadras esportivas, churrasqueiras, playground e piscina, além do estacionamento.
A frente será para a duplicação da avenida Juscelino de Oliveira e o número, o 600. A área foi vendida pela Simon Bolivar para a Ricardo Ramos Construtora, explicou Lisarb, que destacou a importância da revitalização daquela área - “antes abandonada”.
O trinômio moradia-ensino-comércio trará novas oportunidades inclusive de trabalho aos futuros moradores do Residencial Simon Bolivar.
Demanda
Hoje, há uma demanda de 300 inscritos para os primeiros 120 apartamentos que ocuparão uma área total de seis mil metros quadrados, mas já existe um segundo projeto para dar continuidade à construção de mais 80 apartamentos, numa área contígua de quatro mil metros quadrados, informa a arquiteta. Interessados devem procurar a Fundação Simon Bolivar na sede do Centro do Mercosul, de segunda a sexta-feira, das 13h30min às 17h, munidos de documentos.

3 comentários:

Anônimo disse...

E o Álvaro Guimarães, hein? Deu de relho no Diário Popular. A Zero Hora agradece a burrice da Glenn Close dos Pampas.

Anônimo disse...

Irineu: deverias avaliar a questão relativa ao cumprimento de carga horária dos profesores na UFPEL. Dizem que a medicina esta cheia de problemas. O dono da TermoAqcua, por exemplo, dizem que tem dedicação exclusiva na Agronomia.

Anônimo disse...

Parabéns Álvaro, você merece! Até porque talento não se "compra". Um grande abraço