Pede para sair, magnífico César Borges
Diário Popular
Cidade: Ministério Público Federal faz denúncia contra a UFPel
Anna Fernandes
O procurador da República, Max Palombo, propôs ação de improbidade administrativa contra o reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cesar Borges, e o pró-reitor de Assuntos Estudantis e Comunitários, Alípio Coelho. O Ministério Público Federal (MPF) considerou irregular o convênio para transferência do setor de hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia ao Centro de Pesquisas em Saúde Doutor Amílcar Gigante, antigo hospital Santa Tereza. O juiz federal substituto, Everson Guimarães Silva, determinou a intimação dos réus para que se manifestem por escrito no prazo de 15 dias.Segundo Palombo, a empresa responsável pelo setor de hemodiálise no hospital até março de 2007 pertence ao pró-reitor, conduta vedada de acordo com o estatuto do servidor público. Por problemas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Santa Casa deveria realizar adequações nas salas da hemodiálise. “O hospital é uma das poucas instituições credenciadas junto ao Sistema Único de Saúde a oferecer o serviço em Pelotas. A Santa Casa alegou não ter verba. Porém, adquiriu por cerca de R$ 700 mil os equipamentos do médico Alípio e o manteve como técnico responsável”, explicou.O procurador informou que o Sistema Único de Saúde (SUS) pagaria em torno de R$ 200 mil por mês pelos serviços prestados e 85% seriam repassadas à clínica de Coelho. Na investigação do MPF ficou constatado o papel do pró-reitor junto à UFPel. “Nas negociações da área da saúde, Alípio Coelho era o representante da UFPel. Portanto, o reitor Cesar Borges foi conivente na negociação que beneficiou o servidor”, disse Palombo.Ao vender seus equipamentos, o pró-reitor teria iniciado a negociação com a UFPel para transferência da hemodiálise, ao mesmo tempo em que era remunerado pela Santa Casa como consultor técnico. Conforme o procurador da República, a conduta dos dirigentes se enquadra na Lei 8429/92, por considerar ato de improbidade administrativa o exercício de atividade de consultoria a pessoa jurídica e a dispensa de licitação para convênios.Problemas anterioresO Tribunal de Contas da União (TCU) apontou irregularidades anteriores quando outra empresa teria firmado contrato com a UFPel. Porém, dois dos sócios eram servidores da instituição. Ficou determinada a realização de concorrência pública e venceu o mesmo grupo. “Na época, o próprio Cesar Borges denunciou ao Conselho Universitário e o TCU anulou a licitação”, informou Palombo. O procurador avaliou a atual situação como ainda pior, pois seria evidente o conflito de interesses e a conivência da Reitoria. “A UFPel teria ganho uma nova ala dentro da Santa Casa. Mas o hospital pode aumentar os leitos por ficar aberto um espaço maior”, argumentou.Reitor disse não ter sido intimadoO reitor Cesar Borges informou não ter sido intimado em nenhum processo referente à irregularidade com convênio firmado com a Santa Casa. “Não sei de nada. É normal o Ministério Público Federal questionar as ações da UFPel, por ser uma instituição pública federal”, disse. O pró-reitor Alípio Coelho também afirmou não ter conhecimento da ação judicial. Mas confirmou ser médico contratado pelo hospital desde 1977 e professor da UFPel.
Jornal Agora
MPF aponta suspeita de improbidade na UFPel
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação de improbidade contra o reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), César Borges, e contra o pró-reitor de Assuntos Comunitários da instituição, Alípio Coelho, em razão de convênio assinado pelo reitor que permitiu à Santa Casa transferir seu setor de hemodiálise para o prédio da UFPel.Segundo o MPF, a clínica de hemodiálise da Santa Casa era gerida até março de 2007 por empresa pertencente ao professor Alípio, pró-reitor da UFPel, conduta por si só vedada pelo estatuto do servidor público. No começo de 2007, foram iniciadas negociações com a universidade para transferir a clínica para um prédio da UFPel, especialmente preparado para esse tipo de atividade. As negociações teriam sido conduzidas, da parte da universidade, pelo próprio interessado, Alípio Coelho.Segundo a denúncia, a empresa de Coelho teria vendido seus equipamentos à Santa Casa por R$ 700 mil, mas ele continuou à frente do serviço, como consultor técnico, recebendo remuneração da Santa Casa e, ao mesmo tempo, negociando junto ao reitor da UFPel a transferência para o "Centro de Pesquisas Amilcar Gigante", daquela instituição. Em outubro, após parecer não-conclusivo da Procuradoria Jurídica da Universidade, o reitor César Borges assinou convênio que permitiu o uso das instalações pela Santa Casa, que se transferiu para o local cinco dias depois de firmado o convênio.Segundo o procurador da República em Pelotas, Max Palombo, "a conduta dos dirigentes da UFPel se enquadra na lei 8.429/92, que considera ato de improbidade o exercício de atividade de consultoria à pessoa jurídica que tenha interesse que possa ser atingido por ações do agente público, além da dispensa de licitação para locação do espaço, e ausência de pagamento de contraprestação à universidade."O procurador da República lembra na ação que o Tribunal de Contas da União já havia determinado a realização de licitação referente ao mesmo local, para permitir seu uso a uma outra clínica particular, e também anulou a licitação por haver dela participado empresa que tinha como sócios servidores da universidade. Na época, segundo o procurador da República, César Borges, que ainda não era reitor, insurgiu-se contra a negociação então realizada no Conselho Universitário.Para o procurador da República, a situação agora é ainda mais grave, pois um dos principais interessados no contrato, e responsável por toda a negociação, teria sido o pró-reitor responsável pelos contratos na área de saúde da UFPel, o que tornaria evidente o conflito de interesses, que a reitoria não se preocupou em nenhum momento em afastar.
OUTRO LADO - A reportagem tentou entrar em contato ontem com o reitor da UFPel, César Borges, mas não foi possível. A secretária da reitoria disse que o reitor não se encontrava e que hoje também teria compromissos externos.Já o professor Alípio Coelho, se disse surpreso, tendo ficado sabido da denúncia através da reportagem do Agora. Ele afirmou que atualmente é apenas professor, e não pró-reitor de Assuntos Comunitários, tendo ocupado o cargo de coordenador de Assuntos Estudantis e Comunitários de forma transitória no ano passado - no site da instituição, no entanto, consta ainda o nome de Alípio Coelho como coordenador da unidade.Coelho alega que, por não ocupar cargo administrativo, não teria poder para decidir sobre a transferência. Coelho confirmou que vendeu os equipamentos à Santa Casa em 2007, mas não ficou com função administrativa, e sim atuando como responsável técnico junto à instituição.Alípio Coelho disse que pretende tomar conhecimento do teor do processo junto à Justiça Federal e, em seguida, conversará com o reitor para então apresentar sua defesa.
Germano S. Leite
Agência Estado
MP acusa reitor de universidade no RS de improbidade
Porto Alegre - O Ministério Público Federal ajuizou uma ação de improbidade administrativa contra o reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), César Borges, e o pró-reitor de Assuntos Comunitários, Alípio Coelho, pela assinatura de um convênio que permitiu à Santa Casa transferir seu setor de hemodiálise para um prédio da instituição de ensino. Entre as irregularidades apontadas pelo procurador da República Max Palombo está a participação de Coelho no negócio. A ação indica que o pró-reitor foi proprietário da empresa que geria a clínica de hemodiálise da Santa Casa até março de 2007.
Depois de vender os equipamentos à Santa Casa por R$ 700 mil, Coelho continuou à frente do serviço, como consultor técnico remunerado e, ao mesmo tempo, como pró-reitor, negociou a transferência da clínica para um prédio da UFPel. Além disso, a universidade dispensou a licitação para locação do espaço e não exigiu pagamento de contraprestação da Santa Casa. Alegando não terem sido notificados pela Justiça, o reitor e o pró-reitor informaram, pela assessoria de imprensa da UFPel, que não comentarão o assunto enquanto não tiverem conhecimento detalhado da ação movida pelo MPF. (Elder Ogliari)
Último Segundo - IG
MP acusa reitor de universidade no RS de improbidade
O Ministério Público Federal ajuizou uma ação de improbidade administrativa contra o reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), César Borges, e o pró-reitor de Assuntos Comunitários, Alípio Coelho, pela assinatura de um convênio que permitiu à Santa Casa transferir seu setor de hemodiálise para um prédio da instituição de ensino. Entre as irregularidades apontadas pelo procurador da República Max Palombo está a participação de Coelho no negócio.A ação indica que o pró-reitor foi proprietário da empresa que geria a clínica de hemodiálise da Santa Casa até março de 2007. Depois de vender os equipamentos à Santa Casa por R$ 700 mil, Coelho continuou à frente do serviço, como consultor técnico remunerado e, ao mesmo tempo, como pró-reitor, negociou a transferência da clínica para um prédio da UFPel. Além disso, a universidade dispensou a licitação para locação do espaço e não exigiu pagamento de contraprestação da Santa Casa. Alegando não terem sido notificados pela Justiça, o reitor e o pró-reitor informaram, pela assessoria de imprensa da UFPel, que não comentarão o assunto enquanto não tiverem conhecimento detalhado da ação movida pelo MPF.
Zero Hora
Política 05/06/2008 16h37min
MPF ingressa com ação de improbidade administrativa contra reitor da UFPel
Transferência do setor da hemodiálise da Santa Casa para o prédio da universidade teria motivado ação
Roberta Pinto roberta.pinto@rdgaucha.com.br
O Ministério Público Federal (MPF) ingressa com ação de improbidade administrativa contra reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), César Borges. A ação questiona o convênio assinado pelo reitor e o pró-reitor de Assuntos Comunitários, Alípio Coelho, que permitiu à Santa Casa transferir o setor de hemodiálise para o prédio da universidade. Conforme a procuradoria, o pró-reitor possuía uma clínica no interior da Santa Casa. Em 2007, o professor Abílio vendeu seu equipamentos por R$ 700 mil e intermediou as negociações para transferir o serviço de hemodiálise da Santa Casa para o prédio da universidade, sem licitação. A ação questiona o fato do pró-reitor atuar também como consultor da Santa Casa, função incompatível com seu cargo público. A UFPel ainda não foi notificada.
2 comentários:
Caro Irineu, velho acompanhando seu blog, o qual cumpre muito bem com seu papel informativo... porém desta vez, em relação a está ação de improbidade administrativa, consultei a ação em comento e vislumbrei constar mais um nome no pólo dos réus, o de Antônio Roberto Lamas, provedor da Santa Casa de Pelotas, e por sua vez chefe imediato de Alípio Coelho. Fico estarrecida com a situação apontada pelo MPF, e por isso acho que o nome de todos os réus devem constar nos meios de informação. Aliás, causa estranheza que o nome do provedor da Santa Casa não tenha sido citado em nenhuma das reportagens postadas e nem mesmo foi citado pelo representante do Ministério Público na entrevista que concedeu ao Jornal da RBS/TV. Será que tem mais maracutaia aí?
Háááá!!! Agora eu fui entender o pq do DP publicar tal denúncia. O Brasil todo publicou né!!!! Tinha achado estranho, ué! será que eles brigaram (tinha eu pensado)!!!
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