sábado, 28 de junho de 2008

Magnífico reitor César Borges não entende nada de democracia ou César Borges tem medo do quê?

Veja o que aconteceu ontem à noite, durante assembléia que mudou o tipo de escolha do novo reitor da Ufpel de voto unitário (mais justo: um cidadão, um voto) para o paritário ( voto diferenciado, onde o status de cada cidadão determina a o tamanho do voto), este de interesse de César Borges no site do jornalista Rubens Amador, em www.amigosdepelotas.com. Está tudo lá, em detalhes. Toda a truculência da patota de César Borges - um camarada que de universidade não sabe nada - , certamente formada de pessoas que têm muito a perder com sua saída (mas também têm muito a falar, não é mesmo?) está lá, em vídeo, para quem quiser ver. César Borges não quer largar o filé. Ele vai apelar, de toda maneira possível e imaginária para continuar na Ufpel, onde poderá contar com a Fundação Simon Bolívar para suas aventuras, sempre capitaneadas pela magnífica Lisarb Crespo, que deu uma ajudinha neste episódio. Cabe agora à Asufpel tentar, de todas as maneiras possíveis, derrubar esta assembléia e impedir que César Borges se aproxime da Ufpel.
Este blog se solidariza com o estudante empurrado - este espaço está aberto para que ele dê seu depoimento - e com todos aqueles que querem mudar essa situação.
A partir de agora, os estudantes terão de colocar suas reivindicações na rua, enviar e-mails para o Congresso, para a Assembléia gaúcha, para o Ministério da Educação, para as rádios, as TVs e quem mais for a fim de mostrar o descalabro que acontece na Ufpel. Em Santo André o reitor Odair Bermelho já caiu e, por pouco, não foi preso (entre outras coisas, ele foi ao Maranhão "participar" de um seminário que nunca existiu). Ele só saiu quando os estudantes se manifestaram. Essa força deve agir. Para o bem da Ufpel. Para o bem dos próprios alunos.
Com toda essa confusão, é bem capaz que a mídia entre em cena. E aí, meu caro César Borges, você terá muito o que explicar.

Deu no Diário Popular
Cidade: Eleição de reitor na UFPel acaba em confusão
Anna Fernandes
A discussão em torno da modalidade de voto a ser adotada na eleição ao cargo de reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) motivou um episódio que tem se tornado comum nas instituições de ensino federal em todo o País. Em assembléia convocada pelos próprios servidores na tarde de ontem, os alunos foram proibidos de acompanhar e afirmam terem sido agredidos. A Brigada Militar (BM) teve de ser chamada para manter a ordem. A Associação dos Servidores da UFPel (Asufpel) classificou a convocação por abaixo-assinado de grupo de associados como golpe. A estimativa era que em torno de 300 funcionários tenham participado da nova reunião no auditório da Faculdade de Odontologia e, por unanimidade, optaram pelo voto paritário (cada categoria - professores, servidores e acadêmicos - equivale a 33% dos votos).O coordenador da Asufpel, João Paulo Voltan Adamoli, informou que a associação não reconhece a assembléia e permanecia a posição de instituir o voto universal, conforme decidido em consulta à comunidade universitária em 28 de maio. Sobre a baixa participação na assembléia do mês passado, Adamoli destacou que sempre estiveram presentes entre cem e 150 servidores. “Hoje (ontem) teve o dobro de participação porque as chefias obrigaram, não teve expediente. É verdade que colocaram ônibus à disposição e estiveram presentes funcionários de fundações e terceirizadas.”A reportagem esteve no local e ao tentar entrevistar uma funcionária que deixava a assembléia foi informada que ela não poderia ser identificada por fazer parte de uma fundação. Os servidores terceirizados e das fundações universitárias não têm direito ao voto e não fazem parte da Asufpel.A servidora Rosane Brandão relatou ter sido agredida no rosto e na mão por seguranças da própria UFPel. “Trancaram dois alunos na sala e não deixaram sair. Fui pedir a saída, pois como servidora achei que poderia acalmar a situação; acabei agredida. Foi um ato de truculência”, disse. O estudante de Ciências Sociais, Guilherme Backes, falou ter ficado surpreso com a ação da equipe de segurança. “Foram para cima dos alunos. Esta assembléia não é legítima”, ressaltou.Conforme o servidor Paulo Brum, a assembléia geral extraordinária teve como base o Estatuto da categoria que prevê a utilização de abaixo-assinado com adesão de 10% da categoria como instrumento de convocação. “Como todas as assembléias da Asufpel, a anterior não teve representatividade; votaram menos de cem servidores”, argumentou.De acordo com a organização era impossível a presença de funcionários de fundações ou terceirizadas, pois foi utilizada nominata e entregue cartões vermelhos àqueles devidamente identificados e autorizados a votar. “Sempre foi voto paritário; é o mais democrático. Se for voto universal, com o mesmo peso, os alunos decidem a escolha do reitor”, afirmou o servidor Deraldo Nunes Ugoski.
Entenda o pleito
A UFPel não realiza eleição para reitor, mas sim uma consulta à comunidade acadêmica. Assim como todas as universidade federais na escolha de seus dirigentes, pois obedecem à Lei 9.192/95. A decisão final cabe ao Conselho Universitário, que deverá homologar, ou não, o resultado. No conselho a constituição é, por lei, paritária - 70% professores e os outros 30% divididos entre servidores e estudantes. Alunos de diversas universidades têm organizado manifestações para instituir o voto universal.

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