terça-feira, 24 de junho de 2008

Novo escândalo na Ufpel

Deu no jornal Agora. Mais um escândalo pendurado na conta do magnífico reitor César Borges. Agora é o concurso para bibliotecário, que teve de ser anulado pela Procuradoria da República por irregularidades. E ele não tem vergonha de se colocar como candidato a um novo mandato. Fora com ele! Qualquer manifestação é bem-vinda. César Borges não tem condições morais de gerir nem mesmo um galinheiro, quanto mais uuma universidade do porte da Ufpel.


UFPel realizará novo concurso para Bibliotecário (Agora)
A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) está comunicando aos candidatos inscritos no Concurso Público para o cargo de bibliotecário-documentalista, edital 18/2008, que, por recomendação da Procuradoria da República, decidiu anular o concurso.A nova prova será aplicada no dia 13 de julho, às 8h, no campus das Ciências Sociais, na rua Alberto Rosa, 154, conforme edital publicado no site http://ces.ufpel.edu.br, no link Concursos Públicos.Os portões fecham às 7h45min. Estão aptos a realizar a prova todos os candidatos que tiveram suas inscrições confirmadas no concurso.

5 comentários:

Anônimo disse...

Irineu,
Teu blog não precisava ser "furado" pelo Jornal Agora...
Te enviei essa informação sobre a anulação do concurso de bibliotecário há uns dois dias:
"A incompetência na formulação das provas do concurso da UFPel não pára de ser demonstrada. A prova de bibliotecário foi anulada, por "recomendação" da Procuradoria da República em Pelotas (link abaixo). Qual será o próximo passo? Anular a prova de Assistente em Administração também? Talvez essa seja a resposta para a injustificável demora na divulgação do gabarito oficial. Contratam gente desqualificada para elaborar o concurso e os candidatos que paguem o pato.

http://ces.ufpel.edu.br/conc08_1/download/2008/comunicado_bibliotecario_ultimo.pdf"

Anônimo disse...

irineu: esta anulação é porque as questões da prova eram iguais às do CEfet Piauí, como já tinhas denunciado no teu posto chamado 'vagabundagem', há cerca de um mês atrás.

Anônimo disse...

Irineu: não dá para aliviar a barra da Ufpel, ou melhor, da atual administração, mas a verdade é que quem elaborou a prova de bibliotecário, pelo que eu sei, foram professores da FURG, de Rio Grande, que também teve problemas de anulação de prova de concurso, pelos mesmos motivos.

Anônimo disse...

DEU NA FOLHA DE S.P.

Procuradoria apura fraude no Projovem
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Apontada pelo Ministério Público Federal como uma das principais operadoras do desvio de R$ 44 milhões do Detran-RS, a Fundae foi contratada sem licitação para gerir o Projovem (programa de capacitação de jovens) pelas prefeituras de Porto Alegre e de outras três cidades gaúchas.
A Procuradoria instaurou investigação para apurar os indícios de fraude. O contrato de R$ 9,9 milhões entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Fundae foi assinado em 2005 pela então procuradora-geral do município, Mercedes Rodrigues (PSDB), que será empossada hoje como secretária-geral de Governo.
Os indícios das ramificações da suposta organização criminosa nas prefeituras gaúchas apareceram durante as investigações que levaram à Operação Rodin. Dias depois, a prefeitura da capital decidiu não prorrogar o contrato com a Fundae.
Segundo dados da prefeitura, o programa deveria oferecer capacitação escolar inicialmente a 7.200 alunos, mas apenas 1.775 foram atendidos.
Escutas da PF indicam que, para a execução do Projovem, a Fundae subcontratou a Pensant Consultoria, empresa de José Antônio Fernandes, apontado como um dos arquitetos da fraude do Detran.
Mercedes Rodrigues informou que não foi a responsável pela análise do processo que levou a prefeitura a contratar a Fundae sem licitação. A Prefeitura de Porto Alegre disse que o Projovem foi reformulado após a Operação Rodin.
(GRACILIANO ROCHA)

Anônimo disse...

Irineu, você viu o editorial de segunda do DP? E a reportagem sobre o uso da internet nas eleições??? Uma beleza!!! Será o DP uma alternativa à "Grande Mídia"? Tenho cá minhas dúvidas. Entre os "Grandes" de lá e os "pequenos" de cá, fico com a maioria!!!

Aqui a notícia sobre as restrições ao "meio mais democrático":

http://www.diariopopular.com.br/22_06_08/nao_autenticado.php?url=/22_06_08/p0301.html

E abaixo, o editorial dos Fetter:

O jornalista Carlos Alberto Kolecza - ex-Última Hora, Zero Hora, Jornal do Brasil, UPI e Folha da Manhã, entre outros - participou recentemente do ciclo Diálogos Ajuris e Imprensa, em Porto Alegre, promovido pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul. Em sua palestra ele comentou: “Nós vemos na grande mídia um pelotão de não mais de 15 pessoas, entre historiadores, colunistas, diplomatas que opinam sobre política internacional, segurança pública, economia, América Latina, Israel... Não mais de 15 pessoas opinam num debate nacional da Globo News, por exemplo. Isso acontece em cada ramo de atividade, em cada setor, sempre os mesmos medalhões, os mesmos faraós, olhando, ditando regras e sentenças tiradas não sei de onde... Por que é um clube fechado? Deve ter um critério de seleção pelo qual só os mesmos estejam lá sempre falando a mesma coisa. Então vem a pergunta: o que está acontecendo com a TV?”

Um exemplo prático do questionamento de Kolecza é a discussão da política econômica adotada pelo Governo Lula. É necessário realmente aumentar o superávit primário (receita menos despesas do setor público) de 3,8% para 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e a taxa de juros para segurar a inflação e, de quebra, criar mais uma contribuição para os cofres federais (Contribuição Social da Saúde)?
Seria interessante discutir a possibilidade do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter participações das entidades da economia privada. Para quem não está acostumado com o economês, aumentar o superávit primário é gastar menos R$ 14,2 bilhões para pagar os juros da dívida pública, em vez de investir em saneamento básico, habitação, estradas etc. Não é o caso de propor um calote, mas podem existir outras formas de pagar os banqueiros sem sacrificar o desenvolvimento do País. Na economia privada, sempre que estamos endividados, renegociamos o valor. Muitas vezes, os bancos esquecem os juros em troca do principal. Outra questão histórica e nunca discutida seriamente: por que o Estado gasta mais do que arrecada e acaba criando novos impostos? Não será porque falta um controle eficaz? Essa centralização em Brasília não é prejudicial?

O segundo ponto é novamente aumentar a taxa básica de juros por medo da volta da inflação. Nas últimas décadas, todas as vezes que o País retomou o crescimento, que é uma forma eficaz de distribuição de renda, um plano ou aumentos dos juros provocou um retrocesso. É a chamada política do vôo da galinha ou stop and go. Quem pode investir a médio e longo prazo num cenário assim? Não será muita coincidência? A quem interessa juros altos?

O estudo Os Ricos no Brasil, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, mostrou que cerca de 20 mil clãs familiares (grupos compostos por 50 membros de uma mesma família) apropriam-se de 70% dos juros que o Governo paga aos detentores de títulos da dívida pública. No ano passado, o pagamento dos juros da dívida pelo setor público (composto por Governo Federal, estados, municípios e empresas estatais) consumiu cerca de R$ 150 bilhões. Enquanto isso, o superávit primário alcançado foi de R$ 101,6 bilhões.

Por fim, por que sempre o medo da inflação provoca o estancamento do tão necessário crescimento da economia e a conseqüente distribuição de renda? É óbvio que a falta de produtos para atender a maior demanda causa aumento dos preços, mas as alternativas são várias. O governo norte-americano, por exemplo, preocupa-se sempre mais com a queda no consumo e reduz a taxa de juros. Com crédito barato e financiamentos facilitados a produção aumenta e teoricamente deve equilibrar os preços. Enfim, o pensamento único não é bom. O Brasil precisa continuar crescendo ou vamos ter outras décadas perdidas.