quinta-feira, 26 de junho de 2008

São todos coniventes

O Ministério Público de Pelotas não vê um palmo adiante do nariz, que anestesiado com tantas maracutais, não sente o fedor que exala da Ufpel e da Fundação Simon Bolívar. Tem algo muito podre nestas instituições, com a conivência da Justiça e do Ministério da Educação que não fiscalizam o dinheiro que investem na "educação". O que acontece agora? A Fundação Simon Bolívar utilizou dinheiro público para adquirir as instalações do antigo frigorífico Anglo com o objetivo de construir um shopping center, segundo o TCU, explicitado em detalhes (são 63 páginas de irregularidades cometidas pelo magnífico reitor César Borges e pela Fundação Simon Bolívar, comandada pela igualmete magnífica Lisarb Crespo) em um post deste blog (23 de maio), mas alega que o prédio agora é seu e já está vendendo espaço para um empreendedor construir um condomínio. Ora, se o prédio é mesmo da Fundação Simon Bolívar, uma entidade privada, por que é que o dinheiro público é utilizado para fazer a reforma da parte elétrica? Por que é que a Procuradoria de Justiça Federal não comete ações contra essa irregularidade - que poderia muito bem ter outro nome mais apropriado - contra o patrimônio público? Como a Fundação Simon Bolívar vai ressarcir essa grana liberada pelo governo federal? O governo é parceiro do shopping? O Ministério da Educação desconhece isso ou é mais um dos escândalos do governo Lula? Por que é que a imprensa local, centenária, não se incomoda com essas irregularidades? Naturalmente, o jornal Zero Hora não desconhece essas confusões. Por que não publica nada sobre isso? E os deputados locais, não se insurgem contra essa nefasta e altamente promíscua combinação entre o público e o privado? E os alunos da Ufpel? E os professores? E a direção da Ufpel? A resposta é uma só: são todos coniventes. São todos responsáveis. E todos tem algum interesse em manter a situação como está. É lamentável, pois se trata de uma universidade, onde o que deveria ser ensinado - e aprendido - é cidadania, para todos (e não para apaniguados, que se locupletam de todas as maneiras se aproveitando dos cargos que ocupam). Reajam, todos, contra essa imoralidade que tomou conta da Ufpel. Às vezes, na vida, é preciso tomar posições e enfrentar as injustiças. Contra quem quer que seja. Fora com os déspotas. Fora com aqueles cujo interesse maior é o bem- estar do próprio bolso. Os documentos estão disponíveis neste blog.

6 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, Irineu.

Pelotas é um caso perdido. Te explico porque. Porque NADA funciona como deveria. NINGUÉM tá dando a mínima pra isso. O POVO não está nem aí e segue aquela velha estória da Carochinha que a Metade Sul é preterida em relação à Metade Norte (aquela que trabalha).

Homens e mulheres de pouca fé. Somente com TRABALHO é que se avança, ao contrário do que pensa o pelotense da gema: ócio é status. Trabalho é vergonha.

Um abraço.

Anônimo disse...

Olhá só Irineu, nossas denúncias já estão mobilizando a polícia federal para dentro da UFPEL...
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a2004797.xml

Anônimo disse...

A velha história: "o pior cego é o que não quer ver". Mesmo com provas, todos preferem "fazer de conta" (como criancinhas) que nada está acontecendo. Mas a vida é de verdade e, se continuar assim, esses desmandos vão interferir na vida de cada cidadão pelotense: seja na hora de fazer um concurso, seja na hora de oferecer um serviço ou vender um produto. Se esse tipo de prática continuar dominando tudo, sempre visando o interesse de quem já tem e quer mais, não haverá mais espaço para quem está tentando viver dignamente.
É preciso que se inicie, no mínimo, um movimento de resistência pessoal contra esses desmandos, que as pessoas manifestem sua não concordância a cada vez que vêm uma irregularidade. E a procuradoria pública precisa fazer aquilo que é seu dever: fiscalizar nossos interesses.
Falem sobre o que está errado, manifestem-se. A discussão, além de nos trazer de volta à razão, tem o poder de inibir mal intencionados.

Anônimo disse...

Não há imprensa local na cidade: é proibido falar sobre os problemas que acontecem na cidade. Não foi assim com a água? Água com cor, com gosto e com cheiro escorrendo pelas torneiras e, não fosse tu coordenares o jornal, não teria saído notícia sobre o fato. Que pena que não estás mais aqui. Foi por isso que saíste, né, Irineu? O jornal não "se prestava" para prestar serviço público, informando a população, só para levantar a bola de anunciantes e de quem joga no mesmo time da maracutáia.
A radio.com é que traz alguma notícia, mas há fatos que já estão anunciando timidamente, talvez porque envolva colaboradores recém chegados. Espero que, ao menos a rádio mantenha a índole.

Anônimo disse...

É de rir! A notícia acima, que saiu na Zero-H é isso: prendem o ladrão de galinha e deixam soltos os mafiosos! Que absurdo.

Anônimo disse...

Alguém falou aí na RadioCom? Pois é, noto, com tristeza, que até a rádio não está comprando todas as causas justas. Te posiciona rádiocom. E agora que o partido de um dos fundadores da emissora vai apoiar o Fetter, hein? Será que ele vai aparecer para justificar publicamente a opção de seu partido, ao qual é empregado? Espero que a rádio seja maior do que isso, como vinha demonstrando ser. Mais uma: rádiocompanheiros, cuidado com os carreiristas de plantão hein, que não se posicionam... parecem até quero-quero: tem ninho de um lado e cantam pro outro