terça-feira, 2 de setembro de 2008

Estudantes praticam cidadania

Estudantes, diretores de faculdades, coordenadores de curso e professores deram hoje uma lição de cidadania ao impedir, de forma pacífica, a reunião do Conselho Universitário que iria referendar a reeleição do magnífico reitor César Borges para mais um período frente à Ufpel. César Borges não tem caráter suficiente para não se candidatar, mesmo com todas as irregularidades apontadas pelo TCU. Talvez ele acredite que nada irá acontecer com ele. Seu tempo acabou, César Borges. Agora, só te resta a cadeia.
Abaixo, parte do extenso e excelente material publicado no blog do jornalista Rubens Amador (http://www.amigosdepelotas.com/). Lá está a cobertura completa da vitória daqueles que não se acovardaram frente ao podres poderes instituídos em Pelotas. Pode ser que o Conselho faça outra reuniãoe referende o magnífico. Mas aí, é outra questão. O caminho está aberto, e é conhecido. É o mesmo queirá tirar Fetter Júnior da Prefeitura. E o que vai exigir que a Fundação Simon Bolívar preste contas do dinheiro que recebe do governo federal via Ufpel.
Ah: que manchete é essa que o Diário Popular deu? Espero, sinceramente, que tenha sido uma barrigada. Caso contrário, se foi uma manchete de encomenda, nada mais salva o centenário matutino. E muito menos aqueles que se sujetaram a publica essa eventual mentira.

Uma manifestação na manhã de hoje impediu a realização da reunião do Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Liceu. Os conselheiros se reuniriam às 10h para escolher a lista tríplice para reitor e vice da UFPel. Sem conseguir entrar no Liceu, alguns conselheiros permaneceram do lado de fora do prédio (foto do meio). O atual reitor, César Borges, seria o escolhido para dirigir a instituição por mais quatro anos. Com o protesto, sua escolha foi adiada.Os estudantes e diretores de faculdades, coordenadores de curso e professores da universidade querem que o Conselho permita que, no processo de eleição de reitor, seja refeita uma consulta a toda a comunidade acadêmica, formada por alunos, funcionários e professores. Esse pedido - feito formalmente pelos representantes daqueles três segmentos - foi recusado pelo Conselho, embora a lei preveja essa possibilidade. Por lei, o Conselho poderia adiar a formalização da escolha em dois meses (até dia 2 de outubro), dando tempo, assim, para que a comunidade acadêmica voltasse a discutir a sucessão.Ao negar-se a atender o pleito das entidades, o Consun decidiu, na prática, que só ele teria voz para eleger o novo reitor, o que causou o protesto de hoje.Uma faixa estendida pelos estudantes em frente do Liceu (foto) deixa clara sua posição. Eles consideram a eleição do reitor (sem consulta à comunidade universitária) um "golpe". Alguns universitários usavam narizes de palhaço.

3 comentários:

Anônimo disse...

Até 2 de novembro, na verdade.
Chamaram a polícia de choque, Irineu. Achei que era para "levar" o César, mas foi para bater nos estudantes.

Anônimo disse...

Até 2 de novembro, na verdade.
Chamaram a polícia de choque, Irineu. Achei que era para "levar" o César, mas foi para bater nos estudantes.

Unknown disse...

Foi uma bela manifestação de cidadania! Diria que foi uma aula para todos que assistiram, achando que o certo é o processo "legal", ainda que essa legalidade seja absurdamente imoral!
Os estudantes estão de parabéns! Não foi fácil aguentar mais de 12 horas ininterruptas de protestos! Mas valeu a pena, serviu para mostrar do que as pessoas são capazes pela manutenção do poder, de mentirars públicas a uso de força física.
Valeu também termos assistido a maoiria dos conselheiros saírem de lá escoltados pela PF, escondendo o rosto!
Estão de parabéns também as servidoras que se abstiveram da votação e se retiraram do CONSUN, juntamenmte com os estudantes e alguns diretores de Unidades.
Enfim fica a pergunta para o "beneficiário" desse processo, que terá de administrar 4 anos de mandato sem legitimidade: valeu a pena?