quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Magnífico




Este blog foi o primeiro a publicar o uso de cartões corporativos pela Ufpel, hoje escancarado no jornal Zero Hora. O bom trabalho do jornal Zero Hora, porém, não está completo. Não se questionou, por exemplo, retiradas de até R$ 1 mil em dinheiro para "pagar combustível", segundo declarações mal-ajambradas do magnífico reitor César Borges. A conta é simples: R$ 1 mil, divididos por R$ 2,30, que é o preço do litro de gasolina, é igual a 434 litros de combustível. Como, em média, um automóvel faz 10 km/litro, a conta é facil: no período entre um saque em dinheiro e outro, o carro rodou pelo menos 4.340 quilômetros, quase duas vezes ida e volta de Porto Alegre a São Paulo entre os dias 12 de janeiro e 15 de janeiro de 2007. No dia 16 de janeiro foram retirados mais R$ 130 e, no dia 18 de janeiro de 2007, foram levados do caixa mais R$ 1 mim. Bastante, não? Caríssimos repórteres, dêem uma olhada no marcador de quilometragem desses veículos. A julgar pelo ritmo alucinado de viagens, eles devem ter quilometragem suficiente para ir à Lua. Peçam também notas fiscais dos postos em que forneceram combustível e mais, a agenda desses carros no período. Particularmente, acho que o magnífico reitor vai se recusar a informar isso (para quem tirou as portarias do portal da Ufpel, numa atitude despótica que destoa completamente daquilo que se imagina numa universidade, isso é fácil).

Mas não tem importância. Aqui vai outra dica, devidamente ilustrada acima. Os jornais locais podem investigar no Portal da Transparência e contestar, por exemplo, aquela lei da Física que diz que um corpo não pode ocupar, ao memo tempo, o mesmo lugar no espaço. Senão,vejamos: do dia 9 de dezembro ao dia 13 de dezembro de 2007, o magnífico reitor da Ufpel, César Borges, saiu de Pelotas, foi a Porto Alegre, a Brasília - tudo isso no dia 9 - , a Porto Alegre e voltou a Pelotas no dia 13, conforme é possível analisar relatório oficial da imagem abaixo. Acontece que o motorista Celso Correa Borges recebeu diárias para levar o magnífico ao aeroporto Salgado Filho no dia 10 de dezembro, quando o magnífico deveria estar, segundo o relatório de viagem oficial, em Brasília. Como se explica isso? Um corpo que ocupa dois lugares no espaço ao mesmo tempo? Como o magnífico poderia estar em Brasília e Pelotas ao mesmo tempo? O motorista voltou a Porto Alegre para buscá-lo no dia 12. Só mesmo sendo magnífico. Cai fora, reitor. A Ufpel não merece passar pelo vexame de sua administração. PS.: tem leitor de aluguel que quer justificar o uso desqualificado de cartões corporativos. Naturalmente, cada um tem sua opinião. Só não se pode esquecer de que se trata de dinhero público. Alguém paga a conta. Normalmente somos nós. Os outros se locupletam.






2 comentários:

Anônimo disse...

o que não dá para entender é porque tem que sacar dinheiro vivo para pagar tanta gasolina. será que todos os postos de gasolina onde a Ufpel abasteceu seus carros não aceitam cartão?

R. TICS disse...

Caro Irineu, o problema dos políticos de Pelotas-RS é que eles não trabalham para construir um futuro melhor para cidade, eles trabalham para se projetarem na história, um problema psicológico sério de egocentrismo e megalomania. Deixarei claro, sou Pelotense, as vezes com orgulho. Enquanto isso me iludo com a antiga política de "pão e circo" e vou torcendo pelo meu time(Brasil De Pelotas, Xavante), vou torcendo para terminarem com o pedágio irregular(SEM VIA ALTERNATIVA) que estabeleceram entre Pelotas e Rio Grande com o preço de (R$5.90 e subindo), vou torcendo para punirem os envolvidos no escândalo do SANEP(www.cpovo.net/jornal/a109/n10/html/22RONDA.htm)
e resgatarem o dinheiro público, vou torcendo para regularem o preço do combustível na cidade, vou torcendo para o valor da passagem de ônibus parar de aumentar, vou torcendo para a violência diminuir e me permitir caminhar em paz em Pelotas, enfim sou mais um gaúcho torcedor. A LA MIERDA!!!