domingo, 17 de fevereiro de 2008

Fetter Júnior não serve para governar Pelotas

Onde estavas tu, Fetter Júnior, que deixou que a situação das escolas municipais pelotenses chegassem a esse ponto? Onde estavas tu, Fetter Júnior, que nunca soube de nada e nunca viu nada? Veja que tem escola cuja construção está parada há um ano e ninguém em seu governo disse nada. Para quê servem aquelas reuniões de secretariado, com falatórios e relatórios inúteis, apresentados num powerpoint sofrível e, por que não dizer, falseado? Senão, como explicar um relatório que dá conta da conclusão de uma escola que efetivamente não está? Aquilo só serve para que a imprensa oficial e o Diário Popular (que tem como acionista o prefeito Fetter Júnior) façam alarde para demonstrar as "cobranças" do prefeito junto ao secretariado. Parece que o secretariado não leva muito a sério nem as reuniões e muito menos a cobrança...
Fetter Júnior, tome tento. A Educação em Pelotas é um vexame. Quando estive aí, há um ano, a secretária disse que não haveria crianças fora da escola. Um ano depois, veja só o caos que isso está. O que você fez para melhorá-la? Nada. Vai fazer agora? Isso é estratégia de campanha? Aliás, você já visito a escola que ainda não está pronta? E não percebeu onde é que está o problema? Ah, já sei. Talvez aguarde outro relatório, não é mesmo?
Enquanto isso, as crianças ficam fora da escola ou instaladas em escolas que não estão totalmente adequadas. Envergonhe-se Fetter Júnior. Essa administração leva o seu nome.
A reportagem do Diário Popular "só" esqueceu de questionar a secretária de Educação, Ana Berenice dos Reis, sobre a situação da secretaria que comanda. Ela fala? Também não informou quem fez o relatório falso e que medidas o chefe do executivo pelotense, Fetter Júnior, tomou em relação a isso. É direito do cidadão saber quem mente e, principalmente, por que mente. O cidadão pelotense também tem de ficar atento ao destino das diretoras que abriram a boca para apresentar as condições em que estão as escolas. Pode ser que elas sejam transferidas ou sofram algum tipo de retaliação. Da mesma forma, a repórter Anna Fernandes.
De qualquer maneira, Fetter Júnior já deu mais do que mostras efetivas de que não é capaz de governar Pelotas. Ele não é do ramo. É só ver as reportagens do jornal Diário Popular: um dia são os buracos na rua, no outro, o caos nas escolas municiapais. O que vem depois? Fetter Júnior deve ter algum inimigo dentro do jornal... Leia a reportagem publicada no centenário matutino (os grifos são meus):

PS.: Ministério Público, seria interessante verificar as contas dessa gestão.

Cidade: Obras inacabadas comprometem o ano letivo
Anna Fernandes
Com a proximidade do início do ano letivo o prefeito Fetter Júnior cobrou agilidade da Secretaria de Educação (SME) na conclusão das obras em escolas da rede municipal de ensino. Na semana passada veio à tona que a construção em um colégio dada como finalizada nos relatórios está longe de acabar. O secretário de Planejamento Arthur Corrêa foi designado para coordenar a vistoria e apontar possíveis irregularidades na execução da reforma e ampliação do prédio. A implantação do projeto piloto dos nove anos do Ensino Fundamental exige uma certa urgência em resolver a situação, pois é necessário espaço físico para acomodar os novos estudantes. Nos próximos dias será apresentado um relatório sobre a questão e tomadas as devidas providências. O Diário Popular recebeu uma denúncia de supostas irregularidades no setor de Engenharia da SME, como desvio de verba e direcionamento de licitações. Ao ser questionado sobre isso, Fetter Júnior, informou que antes da atual secretária de Educação, Ana Berenice dos Reis, assumir foi feita uma auditoria na SME. Porém, não foi comprovado nenhum problema. “Como havia a suspeita de envolvimento de um funcionário, para evitar problemas o mesmo foi remanejado. É difícil conseguir averiguar certas coisas. Estamos, agora, fazendo um levantamento sobre a situação na escola, o que foi finalizado ou não, etapa por etapa”, destacou.
Conclusão das reformas
Desde de dezembro, antes de qualquer suspeita, o prefeito cobrou rapidez em todas as obras da Secretaria. A intenção era acelerar o processo para poder aumentar a oferta de vagas e qualificar o atendimento. Assim, formou-se um grupo de apoio e ainda não existiam denúncias. Neste meio tempo surgiram questionamentos quanto ao setor de engenharia. Segundo Fetter Júnior, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Afonso Vizeu constava como concluída nos documentos recebidos no gabinete. “Não posso visitar todas as construções em andamento, por isso recebo relatórios. Como dizia que estava em conclusão eu queria saber porque nunca inaugurava. Na última semana descobri que não estava pronta”, informou. Dois engenheiros estão realizando vistoria, confrontando o que deveria ser feito e o que de fato ocorreu. Depois a prefeitura irá solicitar da empresa vencedora da licitação que faça os reajustes, caso isso seja necessário.
Dinheiro em caixa
A Secretaria de Educação possui em torno de R$ 3 milhões para investir em obras, aquisição e reposição de materiais, entre outras providências. Todavia, até o momento as escolas participantes do projeto piloto não receberam os materiais prometidos para o 1º ano do EF. Apenas alguns livros e jogos didáticos foram entregues. O chefe do Executivo confirmou a verba e ressaltou que a falta de utilização, a princípio, não estaria ligada à apropriação indevida de recursos público. “É uma meia-verdade. Existe o dinheiro. Mas até onde sabemos não houve desvio de verba. Faltava era agilidade nos processos. O setor de engenharia não tem a rapidez que deveria”, salientou. O secretário de Planejamento, Arthur Corrêa, faz parte da força-tarefa montada pelo prefeito para desvendar a situação e adiantou que tudo estaria dentro da legalidade, além de a empresa ser responsável por executar a construção até o final independente de prazos. Fetter Júnior disse não ter respostas objetivas enquanto não for verificada a real situação da instituição. “Somos os maiores interessados. Não foram comprovadas irregularidades na investigação anterior. Queremos transparência na administração e finalizar as obras e reformas”, concluiu.
A dúvida
Incógnita na Doutor Joaquim Assumpção
Segundo a diretora da Emef Doutor Joaquim Assumpção, Leda Pistoletti Dias, quando a instituição foi escolhida para o projeto piloto a Secretaria de Educação prometeu a construção de uma nova sala de aula e outra de recursos. O retorno das férias ocorrerá em 3 de março e até o momento a SME não realizou a ampliação. “Até agora não temos nada. É uma incógnita se iremos abrir a turma do 1º ano. Não temos resposta alguma”, disse.
Conheça a situação detalhada em diversas escolas
Fernando Osório não tem espaço físico
A Emef Fernando Osório não possui sala de aula disponível para acomodar o 1º ano. Como forma de contornar a situação, a direção colocou as crianças com seis anos na lista da Pré-escola. A SME teria garantido a obra. A coordenadora pedagógica do currículo, Kátia Leal Ladeira, afirmou que enquanto não erguerem as paredes do novo espaço nada estará confirmado.
Rafael Brusque não terá Ensino Médio
Quanto ao Ensino Fundamental a Emef Rafael Brusque não tem grandes preocupações, pois há salas disponíveis. Falta o material a ser disponibilizado pela SME e algumas adaptações. O maior problema é o Ensino Médio. A escola aguarda a construção, por parte do poder municipal, do laboratório de ciências, exigência do Conselho Estadual de Educação para oferecer os três anos do Médio. A 5ª Coordenadoria de Educação (CRE) já disponibilizou os equipamentos.
Afonso Vizeu aguarda conclusão da obra
A Emef Afonso Vizeu foi contemplada em maio de 2006 com uma ampliação e reforma do prédio. Porém, desde o ano passado a construção está parada. A escola foi selecionada para fazer parte do projeto piloto dos nove anos, mas provavelmente não iniciará o ano letivo para os alunos de cinco e seis anos. A casa nos fundos do colégio deveria ser restaurada e, assim, abrigaria a Pré-escola e o 1º ano. Sem a intervenção no espaço não há a possibilidade de começar o ano para as quatro turmas. No local existe uma infestação de formigas, mofo e rachaduras que podem ser vistas tanto pelo lado interno como pelo externo. Os laboratórios de ciências e informática não foram finalizados e deixaram a escola vulnerável à ataques de ladrões, pois sequer foram colocadas janelas. Segundo a diretora Luciene de Oliveira Fernandes, essas duas salas inacabadas poderiam ser terminadas para abrigar temporariamente as turmas. “Nosso interesse é sempre começar. Os laboratórios estão quase prontos, falta o piso e as aberturas. Poderíamos começar o ano aqui, enquanto isso seria feita a reforma”, ressaltou. Caso isso não ocorra, as turmas não começarão na segunda-feira, 25 de fevereiro, por falta de local adequado. Em meio ao caos deixado pelos trabalhadores por não ter sido concluída a obra uma boa notícia na semana passada foi o recebimento de cadeiras estofadas entregues pela SME.
Entenda o Ensino Fundamental de nove anos
Previsto na Lei nº 9.394/96, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), e uma das metas para o Ensino Fundamental no Plano Nacional de Educação (PNE), a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos foi discutida pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) com as secretarias municipais e estaduais de educação a partir de 2003.Conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais (Inep), das crianças em idade escolar, 3,6% ainda não estão matriculadas, entre aquelas que estão na escola, 21,7% estão repetindo a mesma série e apenas 51% concluirão o Ensino Fundamental, fazendo-o em 10,2 anos em média.A argumentação utilizada no PNE para a implantação progressiva do Ensino Fundamental de nove anos é oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no período da escolarização obrigatória e assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças prossigam nos estudos, alcançando maior nível de escolaridade.Agora os alunos ingressarão com seis anos no 1º ano. Dados do Censo Democrático de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que 81,7% das crianças de seis anos estão na escola, sendo que 38,9% freqüentam a Educação Infantil, 13,6% as classes de alfabetização e 29,6% já estão no Ensino Fundamental. A proposta pedagógica é utilizar o lúdico no aprendizado dessas turmas, incentivar a criatividade ao mesmo tempo em que esses estudantes são alfabetizados.
Bruno Chaves inicia com adaptações
Localizada na zona rural a Emef Bruno Chaves irá iniciar o ano letivo com dez alunos no 1º ano do Ensino Fundamental de nove anos no dia 3 de março. A SME ainda não repassou a mobília. O projeto pedagógico está pronto e o regimento interno modificado, assim como as demais escolas do projeto. Conforme a diretora Zeilaine Brum Santana, a sala de apoio foi transformada para abrigar os estudantes do projeto. “Não posso dizer que estamos 100%. Faltam algumas coisas. Mas se sair como o esperado será muito bom. Na próxima semana os professores participarão do curso oferecido pela SME”, informou.
Olavo Bilac apresenta a melhor condição
Há dois anos a Emef Olavo Bilac recebeu reforma. Na época foram construídas duas salas de aula para a Pré-escola, mas a instituição possui apenas uma turma por turno. No ano passado foi utilizada para a quinta série, neste o 1º ano irá usar o espaço. A menor turma ficará na menor sala do colégio. Segundo a coordenadora das séries iniciais, Márcia Beatriz Riechel Schlesener, os livros didáticos já foram repassados, faltando apenas a mobília. Serão 20 alunos em cada turno.

3 comentários:

Anônimo disse...

Obras inacabadas comprometem o ano letivo:
Com a proximidade do início do ano letivo o prefeito Fetter Júnior cobrou agilidade da Secretaria de Educação (SME) na conclusão das obras em escolas da rede municipal de...

Masiero achei um primor o modo da reportagem :

"Fetter COBROU AGILIDADE "
É de rir e muito !

O Jornal deveria malhar o Prefeito e o Partido:

Quem sabe: Fetter do PP Não Sabia que o Ano Letivo Está Iniciando !"

Cobrando, faz-me rir !

Anônimo disse...

ÓCULOS

El Observador continua enxergando muito bem. Eu diria cada vez melhor!!! Vamos aos fatos:

O RETORNO

Andei fora de Pelotas por 15 dias. Férias, como de direito gozam aqueles que trabalharam o ano inteiro. Andei pelo Cassino, mas este ano não encontrei o secretário de Turismo, sr. Mazza Terra. Deve ter ido surfar em outras praias. Como no Laranjal há ondas... ou há?!

FOME

Devido à ausência, fiquei alguns dias sem folhar as páginas de nobre e familiar vespertino. Andei ansioso, confesso. Apenas hoje comecei a colocar em dia a leitura das edições que ficaram para atrás. E creio ter entendido o motivo de tamanha ansiedade. Vamos lá.

MOMO I

Como ainda é Carnaval em Pelotas (mas em Pelotas não é Carnaval o ano inteiro?), está valendo. Foi um sucesso o 7° Concurso de Conjuntos Vocais do Diário Popular. Digno de um jornal de Prefeito. Parecia até reunião de secretariado.

MOMO II

Só faltou o “powerpoint sofrível”. Ou, como diz um amigo meu, nem parecia reunião de prefeitos, afinal Pedro Godinho e Ademar Ornel não estavam lá. E, embora na calada da noite, não teve soco na mesa!

SACOLINHA

Estavam lá o prefeito Fetter Jr, a primeira-dama, ex-deputada estadual, ex-vereadora, ex-professora do Cefet, ex-Leila Fetter, o secretário de Segurança, Transporte e Trânsito, Jacques Reydams, a secretária de Projetos (Pomposos e Suntuosos) Especiais, Cláudia Ferreira, e o secretário de Cultura (?), Mogar Xavier. Com exceção de Xavier, todos entregaram algum tipo de premiação – e também ganharam fotinho no jornalzinho!

DE CORAR AS BOCHECHAS DA FACE

Fetter Jr., o prefeito, recebeu homenagem das mãos de Ivam Matos, diretor comercial do Diário Popular, pela “colaboração ao evento”.

DE CORAR...

Detalhe: Fetter Jr é acionista do jornal que o homenageia! E colaborou com o evento?!?!?! Como??? E ainda foi premiado por isso??? Como assim???

AMIGO

Otávio Soares não foi.

DIGNO DE REGISTRO

Clayton Rocha – assessor de César Borges – recebeu homenagem “pelos 40 anos de profissão, 30 deles dedicado ao programa 13 Horas, na Rádio Universidade” - de jornalismo ou de assessoria (não necessariamente nessa mesma ordem)?

ÉTICA I

Por falar nisso... Não bastasse a jornalista pelotense que cobre a Câmara namorar o assessor do vereador, agora tem jornalista rio-grandina e editor pelotense escrevendo elogiosas matérias e entrevistando com pompas o reitor das, respectivamente, escola e universidade que até recentemente assessoravam.

ÉTICA II

Isso sem falar do jornalista, que saiu do jornal diretamente para a assessoria da Prefeitura, e do radialista, empossado secretário de Comunicação sem ser jornalista. E ainda dizem que os políticos não tem ética. O senhor que o diga.

BASTA!

Chega por hoje. Meus cotovelos já estão ásperos.

Anônimo disse...

SECRETARIO ARTUR CORREA VAI "FISCALIZAR" SE HÁ "PROBLEMAS" NAS OBRAS NA SME? BEM...COMO TUDO É FABULA NOREINO DO SEU FETTER...É ÓBVIO QUE A RAPOSA É QUE DEVE CUIDAR DAS GALINHAS!