terça-feira, 24 de abril de 2007

A voz do dono, 2

Editorial publicado na edição do dia 23 de abril no Diário Popular de Pelotas. Em suma, repete o release enviado pela Prefeitura ao jornal - e publicado na íntegra, na edição do dia 21 de abril. Confira (veja também A voz do dono, abaixo):
Editorial:
As informações sobre o Orçamento da Prefeitura de Pelotas, publicadas na edição dominical do Diário Popular, são esclarecedoras e exigem reflexão de todos os segmentos da comunidade. Os números apresentados pelo prefeito Adolfo Fetter Júnior espelham uma realidade que, via de regra, passa despercebida pela população, pois mostram - de maneira clara, didática e objetiva - as dificuldades enfrentadas pela Administração Municipal, em vista dos escassos recursos à disposição do poder público local.Os dados mostram, também, que a conjuntura econômica de Pelotas, se confrontada com municípios de porte semelhante, perdeu fôlego ao longo dos anos, provocando o empobrecimento da sociedade, de um lado, e do outro, significativa redução da capacidade de investimentos do poder público municipal em obras e serviços, como forma de atender às demandas da comunidade. Como se vê, uma coisa está atrelada à outra, visto que o Produto Interno Bruto (PIB) do Município vem se reduzindo gradativamente nas últimas décadas.De acordo com os números apresentados pela Prefeitura, o Orçamento anual de R$ 210 milhões permite que a Municipalidade possa gastar apenas R$ 600,00/ano com cada um dos seus 350 mil habitantes, ou R$ 50,00/mês com cada um deles. É muito pouco, ainda mais se for considerado que a cidade do Rio Grande pode gastar R$ 1,5 mil/mês com cada habitante, Caxias do Sul, R$ 1,4 mil, e Canoas, R$ 980,00. Sem dúvida, é elucidativo que, esmiuçados os dados do Orçamento, a Prefeitura dispõe apenas de R$ 50,00/mês para gastar com cada um dos cidadãos, fato que explica os motivos de, muitas vezes, o poder público deixar de resolver demandas da comunidade. Isso porque, dos R$ 210 milhões anuais, cerca de R$ 105 milhões estão comprometidos com o pagamento do funcionalismo; 30% com saúde e educação, conforme determina a legislação; 10% são direcionados ao pagamento de dívidas de governos anteriores, restando tão-somente 10% do bolo total para atender todos os serviços que a Municipalidade tem a obrigação de prestar à população.No entanto, se as informações detalhadas sobre o Orçamento da Prefeitura trazem à tona um contexto difícil e de inquestionáveis dificuldades, ao mesmo tempo proporcionam a convicção de que é chegado o momento de um grande pacto envolvendo não apenas os agentes públicos do Município, mas a comunidade como um todo. E esta proposta se alicerça em visíveis indicações de que a situação de Pelotas tende a mudar, revertendo uma conjuntura socioeconômica que vem penalizando a população.Neste particular, a atual Administração tem papel preponderante, tudo indica que colocou a casa em ordem e começa a se transformar no agente indutor das mudanças estruturais de que o Município necessita. Para tanto, é preciso, também, que a comunidade se engaje neste esforço. O Município possui potencialidades ímpares. A Prefeitura vem sinalizando que, por meio de um governo atuante, sério e responsável, vem fazendo a sua parte. E a prova disso são os investimentos conseguidos pelo prefeito Adolfo Fetter Júnior junto a organismos nacionais e internacionais, cujo aporte irá promover significativa melhoria da qualidade de vida da população.Portanto, cabe a todos também comprometer-se com este processo de recuperação. É hora de união em torno de um mesmo objetivo, para buscar as alternativas que resgatarão Pelotas da inércia e do pessimismo, colocando-a novamente no caminho do progresso com justiça social.

Nenhum comentário: