Deu na Folha de S.Paulo
A reportagem está pobre e faltou perícia do repórter, mas já é alguma coisa. A Folha de S.Paulo tem todos os documentos em mãos e todas as informações possíveis para fazer uma reportagem de peso. Não o fez, sabe-se lá o motivo. A compra de espaço para a publicação de anúncios é uma gota no oceano de irregularidades praticadas pelo magnífico reitor, para usar uma expressão de fácil compreensão para a reportagem. Faltou informar aos leitores que uma das ações judiciais que o magnífico reitor responde - a da contratação irrregular de funcionários - já foi julgada e que a Justiça determinou a demissão de cerca de 700 contratados sem concurso público. A reportagem não informou aos leitores que a compra do antigo frigorífico Anglo foi efetuada com dinheiro público, conforme consta em documentação do Ministério Público. E tantas outras irregularidades que sequer foram apontadas pela reportagem e tratadas à exaustão por este blog.
Mas não tem importância. Um dia eles chegam lá.
Leia, abaixo, o que a Folha de S.Paulo publicou hoje (a foto é do site da Ufpel):
São Paulo, terça-feira, 13 de janeiro de 2009
MEC empossa reitor acusado de improbidade administrativa no RS
Nomeação para federal de Pelotas respeita autonomia universitária, diz ministério
Mas não tem importância. Um dia eles chegam lá.
Leia, abaixo, o que a Folha de S.Paulo publicou hoje (a foto é do site da Ufpel):
São Paulo, terça-feira, 13 de janeiro de 2009
MEC empossa reitor acusado de improbidade administrativa no RS
Nomeação para federal de Pelotas respeita autonomia universitária, diz ministério
O MEC (Ministério da Educação) empossou o reitor da Universidade Federal de Pelotas (RS), Antônio Cesar Borges, alvo de ações do Ministério Público Federal sob a acusação de improbidade administrativa. Uma das ações contesta a compra de espaço em jornais locais para anúncios de agradecimentos ao MEC por verbas e encartes comemorativos do aniversário da gestão do reitor com fotos e alusões a melhorias.
Até a publicação de uma saudação ao árbitro Leonardo Gaciba, ex-aluno da universidade e escolhido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) como o melhor do campeonato brasileiro de 2005, foi feita com verba pública.
Borges era o primeiro nome da lista tríplice enviada pelo conselho universitário ao MEC. Entidades ligadas a professores, funcionários e estudantes chegaram a apresentar um dossiê ao MEC.
Ele responde a outras ações: sob a acusação de ter feito sem licitação convênio com empresa para produzir pêssegos no campus; e sob a acusação de ter feito convênio com a Santa Casa para oferta de hemodiálise no hospital-escola da universidade que beneficiou uma clínica ligada ao ex-pró-reitor Alípio Coelho.
Essas três ações não foram julgadas.
Mas já há uma liminar proibindo a contratação, por fundação de apoio da universidade, de parentes até terceiro grau de qualquer servidor ou docente. Isso ocorreu após a Fundação Simon Bolívar contratar, sem concurso, familiares de diretores de unidades da instituição.
A secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Bucci, afirmou que a nomeação foi uma decisão de respeito à autonomia universitária. Segundo ela, as denúncias foram analisadas, mas a análise foi que, por ainda serem ações sem julgamento, não haveria motivo para recusar o nome.
O reitor Borges afirmou que já procurou o Ministério Público Federal e tomou providências para não dar continuidade a atos que o órgão entendeu serem ilegais.
Segundo ele, a compra de anúncios é prática comum e não tem como objetivo a promoção pessoal, mas o incentivo ou a prestação de contas. Os convênios, diz, não tinham como meta beneficiar empresas.
Um comentário:
Infelizmente nada dá certo na UFPel, já temos os nomes dos que irão ficar, que eram da fundação
Simom Bolivar, recebem CD e ficam, muita injustiça!Tabém continua o mesmo Reitor,então, barbaridades continuam acontecendo e ninguém faz nada, fazer pra quê?..
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