terça-feira, 11 de setembro de 2007

Mau sinal

O mundo é mesmo complicado e eu entendo cada vez menos o que se passa. Notícia do Diário Popular (íntegra abaixo) informa que um grupo de pessoas com necessidades especiais realizou um desfile cívico ontem, dia 10 de setembro, pelas ruas de Pelotas. E mais, que o desfile, ansiosamente aguardado por esses cidadãos especiais, apresentou placas de combate ao preconceito. Por que é então que esses cidadãos não desfilaram no dia 7 de Setembro, dia da Pátria e que foi até prestigiado em Pelotas com a presença do prefeito Fetter Júnior e o irmãozinho Otávio Soares? Qual é o motivo que impede que estas pessoas, tão especiais em suas necessidades, não possam desfilar no mesmo dia que os demais cidadãos? A diretora do Centro de Estimulação Autonomia do Ser, Grace Guimarães, nunca percebeu essa discriminação descarada que ocorre sob seu nariz? Mau sinal...

Cidade: Autonomia do Ser desfila no Centro
Proporcionar aos alunos um momento de vivência da cidadania e também de busca por respeito perante a sociedade foi o objetivo do desfile cívico realizado ontem à tarde pelo Centro de Estimulação Autonomia do Ser. Durante o trajeto, que incluiu as ruas próximas à escola, a Banda da Brigada Militar animou os presentes e, para garantir a segurança dos participantes, agentes de trânsito acompanharam a atividade.
Para participar do desfile em homenagem à Pátria, os alunos - crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais - usavam roupas e acessórios nas cores verde, amarelo e azul. A Semana Farroupilha foi lembrada na caracterização de dois participantes, vestidos de gaúcho e prenda. As bandeiras do País, do Estado, de Pelotas e da instituição também fizeram parte da atividade.
Segundo a diretora do centro, Grace Guimarães, a realização do desfile, que ocorre há sete anos, é importante não só para os alunos, como também para os seus familiares. “Eles aguardam o ano inteiro por essa data”, contou.
Para Maria do Carmo Gil, mãe da aluna Daniele, a iniciativa possibilita a integração social dos portadores de necessidades especiais. “Eles se sentem importantes. A minha filha já acordou empolgada hoje”, disse.
A divulgação dos projetos do centro também fez parte do desfile. Ao longo do percurso, funcionários e pais ajudaram os alunos a carregar faixas, bandeiras e placas relacionadas à programas, como o De sorriso no peito no combate ao preconceito, que acontece permanentemente na instituição. Outros projetos, como o Jovem Atuante e o Criança Feliz, são desenvolvidos com as 40 pessoas atendidas pelo Autonomia do Ser.

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