terça-feira, 12 de junho de 2012

Deu no site poucaseboas.net


MPF quer avaliação dos terrenos 
da Universidade Federal de Pelotas


Os cinco hectares às margens do Canal São Gonçalo que a Fundação Simon Bolívar comprou por R$ 700 mil e vendeu para a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em 15 de março, por R$ 12.285.754,97, serão submetidos a nova avaliação.
    Na sexta-feira, o procurador da República em Pelotas Mauro Cichowski dos Santos, que investiga o caso na esfera cível, informou que irá pedir a apreciação da área por um órgão independente.
    Pela avaliação fiscal (usada para efeitos de cobrança de impostos) da prefeitura de Pelotas, a área, que valia R$ 1.386.574,47 em junho de 2009, passou a valer R$ 23.460.129,74 em março de 2012 – um aumento de 1.591% em dois anos e nove meses.
Para o MPF, é necessário um parecer independente – tanto em relação ao município, autor da avaliação atual, quanto em relação à UFPel e à fundação, envolvidos na transação imobiliária milionária.
     A informação de que o Ministério da Educação (MEC) comunicou à UFPel de que a negociação “não tinha amparo legal” e que havia se posicionado pela “imediata devolução do recurso liberado pela universidade à fundação” surpreendeu o procurador da República.
     — Não tinha conhecimento deste parecer do MEC. Eu não estava estudando a fundo a venda propriamente dita. Agora, vamos analisar também a regularidade do negócio — garantiu Cichowski.
     Uma das explicações para que o imóvel vendido pela Fundação Simon Bolívar para a UFPel tenha recebido valorização fiscal de 1.591% em dois anos e nove meses pode estar na alteração na planta de valores de Pelotas, ocorrida em 2010.
     Conforme a servidora municipal Maria de Deus da Silva, que trabalha no setor de Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), a valorização teria ocorrido, em parte, pela atualização da planta de valores do município, que serve como base para o cálculo de imóveis avaliados pela prefeitura de Pelotas. O valor final é obtido multiplicando-se o preço da planta de valores pela quantidade de metros quadrados da área.    Segundo Maria de Deus, a planta de valores não era atualizada desde 1989. Em 2009, o Executivo elaborou um projeto de lei para a atualização dos valores. Uma comissão trabalhou no levantamento de recálculo de todas as áreas do município e, em janeiro de 2010, entrou em vigor a nova avaliação fiscal.
   — Da noite para o dia, os imóveis em Pelotas dobraram de valor. Isso aconteceu porque a tabela estava defasada.Aquela área do Campus da UFPel teve valorização astronômica, mas esse salto de mais de R$ 20 milhões me parece exagerado — disse o prefeito de Pelotas, Fetter Júnior.
    O MEC informou na última sexta-feira que o negócio entre a UFPel e a fundação foi “ilegal”, e exige que todo o dinheiro liberado pelo ministério para a transação (R$ 7.481.000,00) seja devolvido aos cofres públicos.(Texto do Jornal Zero Hora)
    Conforme texto enviado ao jornal, já foram devolvidos R$ 2,8 milhões — mesma informação prestada pelo reitor da UFPel, Antônio César Borges.

4 comentários:

Anônimo disse...

Isso para mim, funciona assim.
O Mauricio Pinto que era da Fundação, antigo conhecido do reitor, época que ainda um "menino" trabalhava com ele na secretária de saúde a qual o Magnifico foi secretário fizeram uma grande amizada. O pai do Pinto é um dos que responde até hoje na justiça pelo desvio de 1.000,000,00 de reais do SANEP, na verdade, tudo em família, uma falcatrua que vem de anos atras.

Anônimo disse...

O Mauricio Pinto e um dos assessores especiais?

Anônimo disse...

Vejam no blog do Amigosdepelotas a entrevista que o corretor Alceu Cheiuiche desmente o Reitor sobre a negociata com os terrenos. É estarrecedora, e o Ministério Público onde fica com tudo isso? Já está na hora de quebrar os sigilos bancários, fiscal e telefônico para ver nas contas de quem esta grana foi parar.

Anônimo disse...

É uma vergonha no que o Reitor Cesar Borges e sua quadrilha formada por João Carlos Koglin, Ernane Ávila, Manoel Brenner de Moraes, Mário Copola, Maurício Pinto da Silva, Geraldo Rodrigues da Fonseca, Pablo Mendes e outros transformaram a Ufpel, leiam o editorial de Zero Hora do dia 26/06/2012. cadeia neles.